São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Relatório cita piscinão sem definir local

Obra na Barra Funda depende de estudo contratado pela prefeitura, que ainda não definiu qual é a melhor área

EIA-Rima propõe outras medidas, como novas redes de galerias, mais áreas verdes e ação para desassorear córregos

DE SÃO PAULO

Um dos maiores problemas da região de Perdizes, Pompeia e Barra Funda, as inundações mereceram menos espaço no estudo ambiental da Operação Urbana Água Branca que o trânsito.
Enquanto a busca pela resolução de problemas viários levou a uma lista com 56 obras, a contenção das enchentes teve mais diagnósticos do que medidas.
Principal intervenção prevista na região, a construção de um piscinão foi citada, mas sem definir o local.
Idealizado inicialmente para uma área próxima ao viaduto Pompeia, na avenida Francisco Matarazzo, a obra agora vai depender de estudo contratado pela prefeitura.
Segundo o governo, "o terreno não tem dimensões suficientes para o amortecimento de cheias previstas para o verão e poderá, na melhor das hipóteses, ser parte de solução mais abrangente."
O estudo considera cinco opções de locais para a bacia do córrego Sumaré e seis para a bacia do Água Preta.

ALAGAMENTOS
No último verão houve alagamentos em vários pontos da região. Carros chegaram a boiar em ruas de Perdizes e Pompeia e bombeiros tiveram de resgatar motoristas.
Para atenuar o problema, o EIA-Rima propõe várias obras de drenagem como isolamento das galerias dos dois córregos (afluentes do Tietê), a implantação de redes de galerias complementares e o aumento das áreas verdes (principalmente com a construção de parques lineares).
Também está previsto, de forma genérica, a elaboração de um plano de desassoreamento dos córregos.
Segundo o estudo, o problema é decorrente da ocupação desordenada da área de várzea do rio Tietê, impermeabilização em excesso e redução de áreas verdes.
"É preciso fazer piscinões e parques lineares. E as ações dependem de articulação entre a prefeitura e o governo, já que o plano de macrodrenagem é de responsabilidade estadual", afirma Nadia Somekh, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie.
Segundo ela, além do adensamento previsto, o aquecimento global também deve provocar mais cheias.


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