|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Relatório cita piscinão sem definir local
Obra na Barra Funda depende de estudo contratado pela prefeitura, que ainda não definiu qual é a melhor área
EIA-Rima propõe outras medidas, como novas redes de galerias, mais áreas verdes e ação para desassorear córregos
DE SÃO PAULO
Um dos maiores problemas da região de Perdizes,
Pompeia e Barra Funda, as
inundações mereceram menos espaço no estudo ambiental da Operação Urbana
Água Branca que o trânsito.
Enquanto a busca pela resolução de problemas viários
levou a uma lista com 56
obras, a contenção das enchentes teve mais diagnósticos do que medidas.
Principal intervenção prevista na região, a construção
de um piscinão foi citada,
mas sem definir o local.
Idealizado inicialmente
para uma área próxima ao
viaduto Pompeia, na avenida
Francisco Matarazzo, a obra
agora vai depender de estudo
contratado pela prefeitura.
Segundo o governo, "o terreno não tem dimensões suficientes para o amortecimento de cheias previstas para o
verão e poderá, na melhor
das hipóteses, ser parte de
solução mais abrangente."
O estudo considera cinco
opções de locais para a bacia
do córrego Sumaré e seis para a bacia do Água Preta.
ALAGAMENTOS
No último verão houve alagamentos em vários pontos
da região. Carros chegaram a
boiar em ruas de Perdizes e
Pompeia e bombeiros tiveram de resgatar motoristas.
Para atenuar o problema,
o EIA-Rima propõe várias
obras de drenagem como isolamento das galerias dos dois
córregos (afluentes do Tietê),
a implantação de redes de
galerias complementares e o
aumento das áreas verdes
(principalmente com a construção de parques lineares).
Também está previsto, de
forma genérica, a elaboração
de um plano de desassoreamento dos córregos.
Segundo o estudo, o problema é decorrente da ocupação desordenada da área
de várzea do rio Tietê, impermeabilização em excesso e
redução de áreas verdes.
"É preciso fazer piscinões
e parques lineares. E as ações
dependem de articulação entre a prefeitura e o governo, já
que o plano de macrodrenagem é de responsabilidade
estadual", afirma Nadia Somekh, professora titular da
Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo do Mackenzie.
Segundo ela, além do
adensamento previsto, o
aquecimento global também
deve provocar mais cheias.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: A língua dos títulos Índice
|