São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Aumenta número de incêndios, diz bombeiro

Corporação aponta tempo seco dos últimos dias como principal fator

Foram mais de cem casos, entre matagais, áreas desocupadas e favelas, contra 40 em "dia normal"

DE SÃO PAULO

O tempo seco enfrentado nos últimos dias pelos paulistanos é apontado pelo Corpo de Bombeiros como um dos principais fatores para o aumento do número de casos de incêndio em matagais, áreas desocupadas e em favelas registrados ontem.
Foram contabilizados mais de cem casos na cidade. "São ocorrências que, teoricamente, se fosse em outro período, não aconteceriam", disse o tenente dos bombeiros Marcos Palumbo.
Em um dia "normal", dizem os bombeiros, ocorrem uma média de 40 incêndios -incluindo todos os tipos de caso (em casas e apartamentos, por exemplo).
Para o oficial, o mato seco facilita a propagação do fogo, provocado em grande parte de três formas: limpeza de terreno, lixo atirado em terreno baldio e bitucas acessas de cigarro.
Em todo o Estado, sempre segundo a corporação, foram registrados 22.680 incêndios em matagais até o dia 10 deste mês. Esse número ultrapassa todos os casos registrados em 2009: 22.075.
"Eu tenho mais quatro meses, mas já bati o recorde", disse o tenente.

MEDO
O tempo seco também é apontado pelos bombeiros como fator para os dois incêndios em favela ocorridos ontem em menos de 12 horas. Ninguém se feriu.
Uma das favelas que pegou fogo ontem é a Rocinha Paulistana. Até a conclusão desta edição, não havia estimativa de quantos barracos foram atingidos.
O outro incêndio ocorreu na Beira-Rio, ao lado da rodovia Anhanguera e distante cerca de 800 metros da outra. Cerca de 120 barracos foram atingidos.
O fogo era tão intenso que um grupo de cem moradores da Vila Fiat Lux, localizada nas proximidades da área, deixou seus apartamentos para retirar os carros da garagem e molhar o terreno.
(ROGÉRIO PAGNAN E AFONSO BENITES)


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