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Prefeitura diz ter sido surpreendida
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão do Estado de acabar
com as unidades do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) pegou de surpresa a administração Marta Suplicy. Segundo
Luiz Rangel, chefe de gabinete da
Secretaria Municipal dos Transportes, havia uma negociação, no
final do ano passado, para ampliar a quantidade de policiais do
órgão, de 2.647 para 3.500.
A partir dessas informações, a
prefeitura chegou a entregar 80
novos carros para a corporação
nos primeiros meses de 2001. O
CPTran custa R$ 22 milhões por
ano aos cofres municipais.
Rangel afirma que ainda não
soube oficialmente sobre a transferência de parte do contingente a
partir do próximo mês.
O secretário dos Transportes,
Carlos Zarattini, diz que tentou
passar para os fiscais do município algumas atribuições que hoje
são de responsabilidade exclusiva
dos PMs. "Nós procuramos a administração do Estado para sugerir que a Guarda Civil ficasse encarregada das funções do
CPTran, mas a idéia foi descartada de imediato. O Estado não abre
mão de fazer esse policiamento de
trânsito, mas não diz como vai fazê-lo sem a existência do
CPTran", afirma.
A principal preocupação é com
as blitze feitas atualmente para
flagrar motoristas que não estão
com a carteira de habilitação regularizada e veículos com pneus
carecas, por exemplo. "Eles certamente deixarão essas atividades
em segundo plano. E a prefeitura
estará de mãos atadas, sem poder
fazer nada", diz Rangel.
Parte da fiscalização dos policiais militares será compensada
pela contratação de 650 marronzinhos para a CET (Companhia
de Engenharia de Tráfego) ainda
neste ano. Hoje, existem cerca de
800 funcionários nessa função.
Eles, entretanto, poderão atuar
apenas na orientação do tráfego e
na aplicação de multas por estacionamento e circulação irregulares, sem ter a permissão para exigir a documentação de motoristas
infratores, por exemplo.
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