São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2001

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Prefeitura diz ter sido surpreendida

DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão do Estado de acabar com as unidades do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) pegou de surpresa a administração Marta Suplicy. Segundo Luiz Rangel, chefe de gabinete da Secretaria Municipal dos Transportes, havia uma negociação, no final do ano passado, para ampliar a quantidade de policiais do órgão, de 2.647 para 3.500.
A partir dessas informações, a prefeitura chegou a entregar 80 novos carros para a corporação nos primeiros meses de 2001. O CPTran custa R$ 22 milhões por ano aos cofres municipais.
Rangel afirma que ainda não soube oficialmente sobre a transferência de parte do contingente a partir do próximo mês.
O secretário dos Transportes, Carlos Zarattini, diz que tentou passar para os fiscais do município algumas atribuições que hoje são de responsabilidade exclusiva dos PMs. "Nós procuramos a administração do Estado para sugerir que a Guarda Civil ficasse encarregada das funções do CPTran, mas a idéia foi descartada de imediato. O Estado não abre mão de fazer esse policiamento de trânsito, mas não diz como vai fazê-lo sem a existência do CPTran", afirma.
A principal preocupação é com as blitze feitas atualmente para flagrar motoristas que não estão com a carteira de habilitação regularizada e veículos com pneus carecas, por exemplo. "Eles certamente deixarão essas atividades em segundo plano. E a prefeitura estará de mãos atadas, sem poder fazer nada", diz Rangel.
Parte da fiscalização dos policiais militares será compensada pela contratação de 650 marronzinhos para a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) ainda neste ano. Hoje, existem cerca de 800 funcionários nessa função.
Eles, entretanto, poderão atuar apenas na orientação do tráfego e na aplicação de multas por estacionamento e circulação irregulares, sem ter a permissão para exigir a documentação de motoristas infratores, por exemplo.



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