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O presidente da Eletrobrás, Cláudio Ávila, disse ontem ter ficado descontente por não ter sido imediatamente avisado pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) sobre o incidente ocorrido em maio na usina nuclear Angra 1, no litoral do Rio de Janeiro. "Soube pela imprensa e isso não deveria ser assim." Ávila acha que houve falha na comunicação entre os órgãos do governo. O coordenador-geral de Licenciamento e Controle da CNEN, Ivan Salati, disse que não cabe à comissão manter a Eletrobrás informada sobre incidentes como o de Angra, e sim, à Eletronuclear.
Até às 18h, a Eletronuclear não comentado as afirmações do coordenador do CNEN.
O incidente em Angra 1 aconteceu no dia 28 de maio, quando uma falha humana no controle de temperatura de um dos reatores permitiu o vazamento de 22 mil litros de água com resíduos radioativos para o setor de contenção da usina. O incidente foi considerado de pouca gravidade e não representou risco de contaminação para os trabalhadores da usina ou para a população.
O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (PSB), que também reclamara publicamente por não ter sido avisado sobre o ocorrido em Angra 1, admitiu ontem que a prefeitura foi informada logo no dia seguinte do incidente.



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