DA FOLHA RIBEIRÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os 16 delegados que anteontem colocaram seus cargos à disposição após o afastamento do chefe da unidade trabalharam ontem normalmente.
O secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, sem citar o caso de Barretos, afirmou que vêm ocorrendo "factóides" em torno da greve.
Depois, indagado sobre que medidas tomaria em relação ao ato dos delegados, Marzagão disse, em tom de ironia: "Não recebi nenhum pedido de demissão nem de transferência".
Anteontem, eles entregaram ao delegado seccional afastado de Barretos, João Osinski Júnior, documento firmado no último dia 21 em que se comprometiam a "colocar seus cargos à disposição no caso de tentativa de punição a qualquer delegado em decorrência" da greve.
"Foi um ato simbólico, e mantemos nossa posição. Sabemos que também podemos ser alvos de retaliação e estamos preparados. Não vamos baixar a cabeça", diz o delegado Antônio Simões, do 1º DP, que assinou o documento.
No cargo desde ontem, o novo seccional, Odacir Cesário da Silva, disse entender que a greve é legítima.
"Pedi aos delegados que abrissem as portas e atendessem ao público, ainda que não registrem os BOs", afirmou.


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