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DARLI ANTONIO SOARES (1944-2009)
Médico desde as brincadeiras de criança
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando as crianças da rua
João Anes (na Lapa, em São
Paulo) inventavam uma
brincadeira, sempre havia
um médico interpretado por
Darli. Se no navio imaginário
que eles criavam alguém passasse mal, ele estava a postos
para acudir, conta Maria Cacilda, sua vizinha na rua.
Por isso, não foi surpresa
para ninguém quando a medicina foi a escolha do menino também na vida real.
Filho de um contador com
uma dona de casa, Darli sempre estudou em escolas públicas. As melhores notas da
sala eram dele -assim como
o 8º lugar na faculdade de
medicina da USP. Tinha 17
anos no início do curso.
Casou-se com a vizinha
Maria Cacilda, quando ainda
era interno. Namoravam
desde os 15.
Um convite para que ele
montasse a cadeira de saúde
coletiva da UEL (Universidade Estadual de Londrina) levou o casal ao Paraná.
Ele se orgulhava de ter sido bastante atuante na implementação do SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado. Após sua morte, conta a
mulher, a família recebeu telegramas até do Ministério
da Saúde ressaltando o feito.
Atualmente, coordenava o
programa de pós-graduação
de saúde coletiva da UEL.
Há cinco anos, descobriu
um câncer de próstata, que
estava sob controle. Foi uma
broncopneumonia que o matou na última segunda-feira,
aos 65 anos. Deixou três filhos e quatro netas.
A missa de sétimo dia será
celebrada amanhã, às 19h, na
Paróquia dos Sagrados Corações, em Londrina.
coluna.obituario@uol.com.br
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