São Paulo, sábado, 26 de setembro de 2009

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DARLI ANTONIO SOARES (1944-2009)

Médico desde as brincadeiras de criança

TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando as crianças da rua João Anes (na Lapa, em São Paulo) inventavam uma brincadeira, sempre havia um médico interpretado por Darli. Se no navio imaginário que eles criavam alguém passasse mal, ele estava a postos para acudir, conta Maria Cacilda, sua vizinha na rua.
Por isso, não foi surpresa para ninguém quando a medicina foi a escolha do menino também na vida real.
Filho de um contador com uma dona de casa, Darli sempre estudou em escolas públicas. As melhores notas da sala eram dele -assim como o 8º lugar na faculdade de medicina da USP. Tinha 17 anos no início do curso.
Casou-se com a vizinha Maria Cacilda, quando ainda era interno. Namoravam desde os 15.
Um convite para que ele montasse a cadeira de saúde coletiva da UEL (Universidade Estadual de Londrina) levou o casal ao Paraná.
Ele se orgulhava de ter sido bastante atuante na implementação do SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado. Após sua morte, conta a mulher, a família recebeu telegramas até do Ministério da Saúde ressaltando o feito.
Atualmente, coordenava o programa de pós-graduação de saúde coletiva da UEL.
Há cinco anos, descobriu um câncer de próstata, que estava sob controle. Foi uma broncopneumonia que o matou na última segunda-feira, aos 65 anos. Deixou três filhos e quatro netas.
A missa de sétimo dia será celebrada amanhã, às 19h, na Paróquia dos Sagrados Corações, em Londrina.

coluna.obituario@uol.com.br


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