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VIOLÊNCIA
Silas Cantor, 24, teria matado a facadas a mãe, o padrasto, duas crianças, o pai deles e um adolescente, em São Paulo
Desempregado confessa morte de 6 parentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Seis pessoas foram assassinadas
e duas ficaram feridas -uma delas em estado grave- ontem de
madrugada no Parque Paulistano
(zona leste de São Paulo). Todas
as vítimas são da mesma família.
O desempregado Silas Freire
Cantor, 24, confessou, segundo a
polícia, ter matado a facadas sua
mãe, seu padrasto, duas crianças,
de 5 e 11 anos, o pai delas e um
adolescente. Ficaram feridas a irmã de Cantor e a mãe das duas
crianças. A polícia não soube informar o parentesco de quatro
das vítimas fatais e de uma das feridas com o assassino.
O desempregado teria dito à polícia ser usuário de cocaína e afirmou ter matado, também a facadas, um primo há três meses em
Itatiba (90 km de SP). O crime teria ocorrido no dia 20 de julho. A
vítima, Ismael Freire Melo, seria
também patrão de Cantor. Eles
construíam piscinas na região.
Cantor usou ontem uma faca de
29 centímetros. Após os crimes,
refugiou-se nos fundos de uma
igreja a dois quilômetros da casa.
Um vizinho da família, Ederson
Aparecido Conrado Gonçalves, o
seguiu até o local e aguardou a
chegada da polícia. O desempregado foi autuado em flagrante.
Cantor teria dito à polícia que
chegou cedo em casa na terça-feira e decidiu que sua irmã, Elizangela Freire Cantor, 19, deveria
morrer à noite. Ele não soube explicar o motivo.
Ao delegado titular, Antonio
Mário Margutti, Cantor começou
dizendo que recebeu "ordens de
Ogum e de Iemanjá" para eliminar a irmã, mas depois afirmou
ter feito uso de drogas na noite do
crime.
O local do crime é um sobrado.
Na parte superior moravam o criminoso, sua irmã e os pais.
Elizangela contou ter acordado
à 1h40 com o irmão tentando estrangulá-la. Ela gritou por socorro. A mãe, Eudália Batista Tenório, 57, veio em seu auxílio e se
agarrou ao filho.
A jovem, mesmo ferida, conseguiu fugir, levando consigo o filho
de colo. A mãe e o padrasto, Francisco Batista Tenório, 57, foram
então mortos. Em seguida, Cantor foi para o andar de baixo, onde
moravam os demais parentes, e
arrombou a porta.
Ali, matou as irmãs Tatiane, 5, e
Daiane, 11 -segundo ele, porque
as crianças gritavam muito e isso
o irritava-, o pai delas, Arnaldo
Ramos dos Santos, 40, e o adolescente Henrique Tenório de Lima,
14. A mãe das crianças, Maria Tereza Batista Tenório, 29, está internada em estado grave.
Cantor foi submetido a exame
toxicológico para verificar se ele
estava drogado quando cometeu
os crimes.
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