|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Não sabia se devia pular"
DA REPORTAGEM LOCAL
A pista estava alagada, mas,
mesmo assim, o carro da frente
avançou e, com cuidado, conseguiu atravessar a avenida Rubem
Berta (zona sul de São Paulo).
Poucos metros atrás, a analista de
sistemas Marilia Namur, 30, imaginou que, se o outro carro havia
conseguido passar, o nível da
água não era tão alto. E criou coragem para atravessar também.
No meio do caminho, seu carro
pifou. Os 40 minutos seguintes foram assustadores para ela.
"Quando eu vi, a água já havia
começado a entrar no carro. Ela
subiu até a metade da minha perna. Eu fiquei desesperada", lembra Marilia Namur, que ligou para a família em busca de ajuda.
Funcionários de um posto de
gasolina gritavam para que ela
saísse do carro. "Às vezes a gente
entra na água para salvar alguém,
mas é um risco", diz Alessandro
Brito, que trabalha no local.
"Eu nunca havia passado por algo assim. Não sabia se devia pular
pela janela ou ficar no carro", diz a
analista de sistemas, que optou
pela segunda opção, pois a seguradora disse que o reboque chegaria em minutos. Foi a CET, porém, que rebocou o veículo -um
Toyota Corolla que havia passado
por uma revisão há cerca de três
meses.
Texto Anterior: Chuva forte deixa 24 vias alagadas em SP Próximo Texto: Candidatos citam Estado em planos Índice
|