São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Não sabia se devia pular"

DA REPORTAGEM LOCAL

A pista estava alagada, mas, mesmo assim, o carro da frente avançou e, com cuidado, conseguiu atravessar a avenida Rubem Berta (zona sul de São Paulo). Poucos metros atrás, a analista de sistemas Marilia Namur, 30, imaginou que, se o outro carro havia conseguido passar, o nível da água não era tão alto. E criou coragem para atravessar também. No meio do caminho, seu carro pifou. Os 40 minutos seguintes foram assustadores para ela.
"Quando eu vi, a água já havia começado a entrar no carro. Ela subiu até a metade da minha perna. Eu fiquei desesperada", lembra Marilia Namur, que ligou para a família em busca de ajuda.
Funcionários de um posto de gasolina gritavam para que ela saísse do carro. "Às vezes a gente entra na água para salvar alguém, mas é um risco", diz Alessandro Brito, que trabalha no local.
"Eu nunca havia passado por algo assim. Não sabia se devia pular pela janela ou ficar no carro", diz a analista de sistemas, que optou pela segunda opção, pois a seguradora disse que o reboque chegaria em minutos. Foi a CET, porém, que rebocou o veículo -um Toyota Corolla que havia passado por uma revisão há cerca de três meses.


Texto Anterior: Chuva forte deixa 24 vias alagadas em SP
Próximo Texto: Candidatos citam Estado em planos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.