São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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Reajustes em universidades estão em queda, mostra pesquisa do Dieese

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A crise no ensino superior privado parece já trazer reflexo nas mensalidades para os estudantes. Segundo levantamento do Dieese, o aumento nos valores cobrados pelas universidades está diminuindo.
De 1997 até setembro deste ano, o reajuste no setor em São Paulo ficou em 154,43%.
Foi o nível em que houve o maior aumento no período: o infantil teve 99,34%, o fundamental 129,26% e o médio, 128,83%. A inflação no período ficou em 93,49%. O reajuste, porém, perdeu força neste ano. Até setembro, o aumento no ensino superior foi o menor dos quatro níveis, com 2,6%. O segundo mais baixo foi o fundamental, com 7,72%.
"Nos últimos anos, houve um desequilíbrio na relação oferta e demanda", disse o presidente do Semesp (sindicato das instituições de ensino superior de São Paulo), Hermes Figueiredo. "Assim, as instituições não podem aumentar muito as mensalidades, senão o aluno escolhe outra escola."
Segundo o Censo da Educação Superior 2004 (o último disponível), 49,5% das vagas oferecidas pelas universidades não foram preenchidas.
Devido a esse panorama, Figueiredo afirma que não vê possibilidades de o aumento das mensalidades para 2007 ser maior do que a inflação (3,2%, segundo projeção do Ipea, com base no IPCA).
"Antes, sem competição, as universidades podiam cobrar o que queriam. Agora, com a crise, isso mudou", disse a coordenadora do Índice de Custo de Vida do Dieese, Cornelia Nogueira Porto. (FT e VA)


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