São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2008

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CARLOS LUIZ DE FREITAS (1918-2008)

O Velho Freitas, descobridor de talentos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

"Acho importante ressaltar que ele foi um descobridor de novos talentos e um verdadeiro professor para os mais jovens", diz Valéria, única filha do Velho Freitas.
O primeiro trabalho do publicitário Washington Olivetto, por exemplo, teve a mãozinha do jornalista Carlos Luiz de Freitas. Foi ele quem indicou o rapaz, na década de 70, ao dono da agência Harding-Jiménez.
Por meio de sua assessoria, Olivetto diz não se lembrar de Freitas, mas Juvenal Azevedo, antigo dono da empresa, confirma a história.
"Foi o Freitas quem me indicou o nome de Olivetto. Ele fez uma prova, se saiu muito bem, e foi fazer estágio na agência", lembra Azevedo.
No que se refere à carreira do publicitário, a história já é conhecida. A do Velho Freitas, entretanto, permaneceu silenciosa -taciturno e muito observador, era avesso ao bafafá criado em cima dos profissionais da imprensa.
No seu canto, orientava os jornalistas mais novos. "Costumava dizer que todo bom repórter tem um pouco de poeta", lembra a amiga jornalista, que diz ter aprendido muito com ele. Autor de oito livros, trabalhou nesta Folha de 1949 a 1958. Passou também pelas revistas "O Cruzeiro" e "Manchete" e por jornais de Santa Catarina.
Atualmente, vivia num asilo. Morreu no domingo passado, aos 90, em Blumenau (SC), em conseqüência de um câncer na próstata e de complicações de uma diabetes. Deixa dois netos.

obituario@folhasp.com.br


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