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CARLOS LUIZ DE FREITAS (1918-2008)
O Velho Freitas, descobridor de talentos
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
"Acho importante ressaltar que ele foi um descobridor de novos talentos e um
verdadeiro professor para os
mais jovens", diz Valéria,
única filha do Velho Freitas.
O primeiro trabalho do publicitário Washington Olivetto, por exemplo, teve a
mãozinha do jornalista Carlos Luiz de Freitas. Foi ele
quem indicou o rapaz, na década de 70, ao dono da agência Harding-Jiménez.
Por meio de sua assessoria,
Olivetto diz não se lembrar
de Freitas, mas Juvenal Azevedo, antigo dono da empresa, confirma a história.
"Foi o Freitas quem me indicou o nome de Olivetto. Ele
fez uma prova, se saiu muito
bem, e foi fazer estágio na
agência", lembra Azevedo.
No que se refere à carreira
do publicitário, a história já é
conhecida. A do Velho Freitas, entretanto, permaneceu
silenciosa -taciturno e muito observador, era avesso ao
bafafá criado em cima dos
profissionais da imprensa.
No seu canto, orientava os
jornalistas mais novos. "Costumava dizer que todo bom
repórter tem um pouco de
poeta", lembra a amiga jornalista, que diz ter aprendido
muito com ele. Autor de oito
livros, trabalhou nesta Folha
de 1949 a 1958. Passou também pelas revistas "O Cruzeiro" e "Manchete" e por
jornais de Santa Catarina.
Atualmente, vivia num
asilo. Morreu no domingo
passado, aos 90, em Blumenau (SC), em conseqüência
de um câncer na próstata e
de complicações de uma diabetes. Deixa dois netos.
obituario@folhasp.com.br
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