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Ex-policial da Rota acusado de matar 3 pessoas é preso em casa
Foragido, Eudes Meneses também foi mercenário no Iraque
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Procurado havia dez anos
sob acusação de envolvimento em mortes, o ex-policial militar Eudes Aparecido
Meneses, 45, foi preso ontem
em sua casa, na zona norte.
A Secretaria da Segurança
Pública informou que o ex-PM, que atuou 18 anos na
corporação, era procurado
sob a acusação de dois homicídios e um roubo seguido de
morte nos anos 1990. Na casa
do ex-PM, na Casa Verde, foram apreendidos um silenciador, munição, touca ninja, um soco inglês e celulares.
"Sou mercenário. Meu negócio sempre foi matar bandido", disse à Folha.
Meneses resumiu assim
sua trajetória depois de ter sido preso pelo DHPP (departamento de homicídios).
"Tenho 54 homicídios,
mas sempre em serviço (trabalhando como policial),
contra bandidos", disse.
No tempo em que esteve
foragido, Meneses atuou como mercenário para empresas americanas e inglesas na
Guerra do Iraque -atuava
como segurança no país-,
integrou a Legião Estrangeira Francesa e trabalhou na
segurança de Hugo Chavez,
presidente da Venezuela.
Ex-membro da Rota, durante quatro anos, ele é suspeito de ser ligado ao grupo
de extermínio do 18º Batalhão da PM (zona norte), onde atuou 14 anos. Também é
acusado de integrar outro
grupo de matadores chamado de A Firma.
O ex-PM Jairo Ramos dos
Santos, do grupo A Firma, foi
preso em abril, sob acusação
de matar três policiais civis
de Santo André e outras cinco pessoas.
Tanto Meneses quanto
Santos são ligados ao também ex-PM Luís Roberto Gavião, dono de uma empresa
de segurança e sócio de um
ex-delegado. Gavião é procurado como chefe do grupo.
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