São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Ex-policial da Rota acusado de matar 3 pessoas é preso em casa

Foragido, Eudes Meneses também foi mercenário no Iraque

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Procurado havia dez anos sob acusação de envolvimento em mortes, o ex-policial militar Eudes Aparecido Meneses, 45, foi preso ontem em sua casa, na zona norte.
A Secretaria da Segurança Pública informou que o ex-PM, que atuou 18 anos na corporação, era procurado sob a acusação de dois homicídios e um roubo seguido de morte nos anos 1990. Na casa do ex-PM, na Casa Verde, foram apreendidos um silenciador, munição, touca ninja, um soco inglês e celulares.
"Sou mercenário. Meu negócio sempre foi matar bandido", disse à Folha.
Meneses resumiu assim sua trajetória depois de ter sido preso pelo DHPP (departamento de homicídios).
"Tenho 54 homicídios, mas sempre em serviço (trabalhando como policial), contra bandidos", disse.
No tempo em que esteve foragido, Meneses atuou como mercenário para empresas americanas e inglesas na Guerra do Iraque -atuava como segurança no país-, integrou a Legião Estrangeira Francesa e trabalhou na segurança de Hugo Chavez, presidente da Venezuela.
Ex-membro da Rota, durante quatro anos, ele é suspeito de ser ligado ao grupo de extermínio do 18º Batalhão da PM (zona norte), onde atuou 14 anos. Também é acusado de integrar outro grupo de matadores chamado de A Firma.
O ex-PM Jairo Ramos dos Santos, do grupo A Firma, foi preso em abril, sob acusação de matar três policiais civis de Santo André e outras cinco pessoas.
Tanto Meneses quanto Santos são ligados ao também ex-PM Luís Roberto Gavião, dono de uma empresa de segurança e sócio de um ex-delegado. Gavião é procurado como chefe do grupo.


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