São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

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ANÁLISE

Comércio informal precisa ser organizado, não reprimido

KAZUO NAKANO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O funcionamento da Feira da Madrugada está diante de um impasse por causa de várias irregularidades que vão desde o uso do terreno até a comercialização informal de diferentes tipos de mercadoria, passando por relações precárias de trabalho.
O comércio informal em um município como São Paulo não pode ser ignorado ou reprimido. É preciso organizá-lo em lugares e horários que não prejudiquem o funcionamento da cidade e atendam os interesses dos fornecedores, empregadores, trabalhadores e compradores. De certo modo, a feira pode ser vista como um caminho para a organização do comércio informal no centro.
Anos atrás esse comércio atravancava os calçadões e espaços públicos onde há grande circulação e concentração diurna de pedestres. A solução para a feira não é simples. O local deve ter regras claras, segurança, estrutura de gestão democrática, boas condições de trabalho, infraestruturas de apoio, entre outros elementos.
É possível fazer com que a organização adequada do comércio informal seja alternativa de trabalho e renda para os grupos populares com garantia do direito à cidade. Mesmo durante a madrugada metropolitana.

KAZUO NAKANO é arquiteto urbanista, doutorando em demografia na UNICAMP


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