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Para especialistas brasileiros, cirurgia só é indicada para cerca de 5% dos casos
CONSTANÇA TATSCH
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas brasileiros consultados pela Folha concordam com o estudo sobre hérnia
de disco lombar e afirmam que
a cirurgia deve ser feita em apenas cerca de 5% dos casos,
quando o tratamento não obteve resultado, a dor do paciente
é insuportável, há comprometimento dos membros ou compressão da cauda eqüina (feixe
de nervos que se estendem
além da medula).
Apesar de a indicação ser para uma parcela pequena, especialistas reconhecem que há
um excesso de operações, que
poderia chegar a até 40% dos
pacientes. "Há uma superindicação, isso é indiscutível, mas
que alguns casos precisam de
cirurgia também é indiscutível", afirma Mirto Prandini,
neurocirurgião e professor de
neurocirurgia da Unifesp.
"Esse estudo é perfeito. Eu
raramente opero hérnia, a não
ser nos casos de indicação absoluta. Os casos bem tratados
têm 95% de chance de sucesso", diz o clínico reumatologista do hospital Albert Einstein
José Goldenberg.
Para o chefe do Departamento de Ortopedia do HC, Tarcísio Barros Filho, a pesquisa
mostra que é possível optar entre um tratamento menos invasivo ou a cirurgia. "A maioria
pode ser tratada sem cirurgia
porque a longo prazo a tendência da curva é se igualar."
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