São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2006

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Para especialistas brasileiros, cirurgia só é indicada para cerca de 5% dos casos

CONSTANÇA TATSCH
DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas brasileiros consultados pela Folha concordam com o estudo sobre hérnia de disco lombar e afirmam que a cirurgia deve ser feita em apenas cerca de 5% dos casos, quando o tratamento não obteve resultado, a dor do paciente é insuportável, há comprometimento dos membros ou compressão da cauda eqüina (feixe de nervos que se estendem além da medula).
Apesar de a indicação ser para uma parcela pequena, especialistas reconhecem que há um excesso de operações, que poderia chegar a até 40% dos pacientes. "Há uma superindicação, isso é indiscutível, mas que alguns casos precisam de cirurgia também é indiscutível", afirma Mirto Prandini, neurocirurgião e professor de neurocirurgia da Unifesp.
"Esse estudo é perfeito. Eu raramente opero hérnia, a não ser nos casos de indicação absoluta. Os casos bem tratados têm 95% de chance de sucesso", diz o clínico reumatologista do hospital Albert Einstein José Goldenberg.
Para o chefe do Departamento de Ortopedia do HC, Tarcísio Barros Filho, a pesquisa mostra que é possível optar entre um tratamento menos invasivo ou a cirurgia. "A maioria pode ser tratada sem cirurgia porque a longo prazo a tendência da curva é se igualar."


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