São Paulo, sábado, 26 de dezembro de 2009

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SARAH HORNBLAS (1934-2009)

A filha de poloneses preferiu o Brasil

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pairava a dúvida: ir ou ficar? Sarah Hornblas, filha de imigrantes poloneses nascida em São Paulo, chegou a fazer com o marido um curso preparatório para judeus que pretendiam viver e trabalhar em Israel. No final, decidiram continuar por aqui.
O marido, rapaz nascido na Alemanha que chegou ao Brasil aos seis anos, chamava-se Wolfgang Hornblas.
Para facilitar, abrasileirou-se como Alberto, nome que acabou adotando oficialmente.
Ao se casar, Sarah foi cuidar da casa e dos filhos, enquanto o marido tocava a empresa de ar-condicionado. Antes, a moça, que perdera a mãe de complicações de parto, duas semanas após ter nascido, havia trabalhado numa creche, cuidando de crianças e como vendedora de chocolates da Kopenhagen.
Como conta a filha Deborah, Sarah era brava, estilo "sargentona", mas, no fundo, tinha o "coração mole".
Muitos anos depois de ter trabalhado na creche da Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social), voltou a ser voluntária de lá, no bazar da instituição.
Fumante inveterada, só abandonou o cigarro há cerca de dois meses. Começou com o hábito aos 12 anos e consumia um maço por dia.
Há cerca de um ano, quebrou o fêmur e disse que todo mundo que se acidentava daquele jeito, naquela idade, morria em pouco tempo.
Ela morreu na sexta, aos 75, mas em decorrência de um enfisema pulmonar. Teve três filhos e cinco netos.

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