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Pesquisa mostrou aumento de metal em água de garrafa PET armazenada
Matuiti Mayezo - 22.jan.08/Folha Imagem
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PET gigante de artista no Tietê; material é alvo de ambientalistas |
DA REPORTAGEM LOCAL
Assim como o policarbonato,
a garrafa PET também é alvo de
críticas de cientistas e ambientalistas e vem sendo destaque
na mídia internacional.
Uma pesquisa e artigos de
cientistas da Universidade de
Heidelberg (Alemanha) divulgados em 2006 e 2007 são os
principais responsáveis pela
polêmica. Eles defenderam que
o antimônio -metal pesado
usado na fabricação da resina
da garrafa PET- aumenta consideravelmente sua presença
na água que é armazenada.
"Chegamos à conclusão por
acidente", disse à Folha um
dos autores do estudo, o cientista William Shotik. Por e-mail, ele contou que estudava a
presença do metal, jogado no
ambiente por indústrias, em
águas subterrâneas no Canadá.
Ao comparar os resultados
com a água de garrafas PET da
Europa e do Canadá, verificou
que esta tinha mais antimônio.
Mas a principal conclusão se
deu meses depois, quando
comparou a quantidade de antimônio em garrafas armazenadas. O nível havia subido
mais de 90% em algumas.
Mesmo assim, ficou bem
abaixo do permitido pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Entretanto, o pesquisador
alertou que, "a liberação contínua de antimônio da garrafa
para o líquido sugere que novos
estudos são necessários" para
conhecer o impacto da maior
quantidade do metal.
Segundo a Abipet (Associação Brasileira da Indústria do
PET), o consumidor pode "ficar tranqüilo e seguro quanto à
qualidade das águas envasadas
em PET, que são plenamente
testadas e analisadas". Alfredo
Sette, presidente da entidade,
diz que o material "é inerte".
O PET poderá ser reciclado
em breve para armazenar alimentos, segundo texto aprovado pela Anvisa após consulta
pública. Hoje, o reciclado serve
apenas para outros produtos.
Consumo
As recentes pesquisas sobre
plásticos ainda não foram capazes de gerar novos consensos
para a compra e o uso doméstico de produtos. Mara Dantas,
pesquisadora do laboratório de
embalagens do IPT (Instituto
de Pesquisa Tecnológicas), diz
que o consumidor pode tomar
cuidados na hora de comprar.
"Se ele notar que o garrafão de
água está muito riscado ou tem
uma sujidade, já não dá para ter
uma confiança no uso", afirma.
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