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Aguinelo Oliveira, o jornalismo e a bola
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Aguinelo dos Santos Oliveira fundiu em um só trabalho as duas paixões que tinha
e por 33 anos foi jornalista
esportivo no Amazonas. Trabalhou de domingo a domingo -e ainda jovem morreu.
Quando deixou a terra natal, Itacoatiara, para estudar
jornalismo em Manaus, já tinha em mente o que queria
cobrir. Esporte, melhor se
fosse futebol e se possível o
time do coração, o Flamengo. Enquanto isso, contentou-se com o Rio Negro.
O primeiro emprego foi no
diário "A Crítica". Era rapaz
do interior, não conhecia
ninguém, mas foi se virando
até ficar conhecido como o
grande nome do jornalismo
esportivo amazonense, ao
trabalhar ainda no "Jornal
do Norte", "A Notícia", "Diário" e "Estado do Amazonas". O último deixou no ano
passado, após fechar.
Na Assembléia, recebeu
um voto de pesar pelo
"exemplo de dedicação e
amor ao esporte", nas palavras do presidente. Pois "fez
da sua vida um sacerdócio de
amor às lutas e façanhas do
esporte amazonense".
Foi membro fervoroso da
Associação dos Locutores
Esportivos do Amazonas e
prestava consultoria para a
Secretaria de Esporte do governo. Havia seis meses era
funcionário do Procon e queria até cursar direito.
E se emocionara -talvez
demais, diz o filho-, com a
formatura da filha, justamente em direito, havia uma
semana. Tinha 57 anos, não
fumava e pouco bebia.
Mas "trabalhava sábado,
domingo, feriado, trabalhava
muito, não parava nunca".
Morreu de derrame, no dia
19, em Manaus.
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