São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

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Aguinelo Oliveira, o jornalismo e a bola

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Aguinelo dos Santos Oliveira fundiu em um só trabalho as duas paixões que tinha e por 33 anos foi jornalista esportivo no Amazonas. Trabalhou de domingo a domingo -e ainda jovem morreu.
Quando deixou a terra natal, Itacoatiara, para estudar jornalismo em Manaus, já tinha em mente o que queria cobrir. Esporte, melhor se fosse futebol e se possível o time do coração, o Flamengo. Enquanto isso, contentou-se com o Rio Negro.
O primeiro emprego foi no diário "A Crítica". Era rapaz do interior, não conhecia ninguém, mas foi se virando até ficar conhecido como o grande nome do jornalismo esportivo amazonense, ao trabalhar ainda no "Jornal do Norte", "A Notícia", "Diário" e "Estado do Amazonas". O último deixou no ano passado, após fechar.
Na Assembléia, recebeu um voto de pesar pelo "exemplo de dedicação e amor ao esporte", nas palavras do presidente. Pois "fez da sua vida um sacerdócio de amor às lutas e façanhas do esporte amazonense".
Foi membro fervoroso da Associação dos Locutores Esportivos do Amazonas e prestava consultoria para a Secretaria de Esporte do governo. Havia seis meses era funcionário do Procon e queria até cursar direito.
E se emocionara -talvez demais, diz o filho-, com a formatura da filha, justamente em direito, havia uma semana. Tinha 57 anos, não fumava e pouco bebia.
Mas "trabalhava sábado, domingo, feriado, trabalhava muito, não parava nunca". Morreu de derrame, no dia 19, em Manaus.


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