São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 2006

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"Critério técnico define cirurgia"

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério da Saúde admite a possibilidade de haver uma superindicação de histerectomias no país, mas diz que as cirurgias são realizadas com base em critérios técnicos -exames de imagem e de sangue-, tanto no sistema público quanto no suplementar de saúde.
Segundo Ziani Cezimbra, da área técnica da saúde da mulher do ministério, a pasta está realizando um levantamento sobre a incidência das histerectomias, especialmente em relação à mulher negra. A partir desses dados, serão estudadas ações que possam evitar a retirada desnecessária do útero, entre elas, o oferecimento de novas tecnologias no SUS.
Questionada sobre o motivo da não-oferta do DIU de progesterona e da embolização na rede pública, Cezimbra diz que os tratamentos ainda não têm comprovação científica. O ginecologista Marcos Messina, do grupo de miomas do HC, está convencido de que os tratamentos podem ser eficazes -o hospital já fez 200 procedimentos de embolização.
Ziani Cezimbra lembra que existem outras técnicas disponíveis no SUS, como a histeroscopia e a laparoscopia, que podem ser usadas em situações específicas.
Para ela, as mulheres pobres acabam sendo mais histerectomizadas porque, em geral, chegam ao sistema público com a doença em grau mais avançado.


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