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"Critério técnico define cirurgia"
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério da Saúde admite a possibilidade de haver uma superindicação de
histerectomias no país, mas
diz que as cirurgias são realizadas com base em critérios
técnicos -exames de imagem e de sangue-, tanto no
sistema público quanto no
suplementar de saúde.
Segundo Ziani Cezimbra,
da área técnica da saúde da
mulher do ministério, a pasta está realizando um levantamento sobre a incidência
das histerectomias, especialmente em relação à mulher
negra. A partir desses dados,
serão estudadas ações que
possam evitar a retirada desnecessária do útero, entre
elas, o oferecimento de novas tecnologias no SUS.
Questionada sobre o motivo da não-oferta do DIU de
progesterona e da embolização na rede pública, Cezimbra diz que os tratamentos
ainda não têm comprovação
científica. O ginecologista
Marcos Messina, do grupo
de miomas do HC, está convencido de que os tratamentos podem ser eficazes -o
hospital já fez 200 procedimentos de embolização.
Ziani Cezimbra lembra
que existem outras técnicas
disponíveis no SUS, como a
histeroscopia e a laparoscopia, que podem ser usadas
em situações específicas.
Para ela, as mulheres pobres acabam sendo mais histerectomizadas porque, em
geral, chegam ao sistema público com a doença em grau
mais avançado.
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