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Avião cai 3.700 m e faz pouso de emergência
Piloto perdeu controle de aeronave da Pantanal que ia de Bauru a Congonhas; incidente foi há 10 dias
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Há dez dias, os 48 ocupantes
do vôo 4769 da Pantanal Linhas Aéreas passaram por momentos de terror. O avião em
que estavam, um turboélice
ATR-42, despencou quase 12
mil pés (3,7 km) e o piloto só
conseguiu controlar a aeronave
a 5.200 pés (1,6 km) do solo.
O avião aguardava permissão
para pousar em Congonhas,
vindo de Bauru (SP), e as condições meteorológicas eram boas
naquela altitude, 17 mil pés (5,2
km). Mas ao realizar uma curva, o aparelho "guinou" para a
esquerda e começou a cair. O
piloto perdeu o controle e teria
sido auxiliado pelo rádio para
reverter a queda de bico.
A tripulação conseguiu pousar no aeroporto em Campinas
e foi necessário acionar o trem
de pouso de forma emergencial
porque esse equipamento também falhou. Não está claro se
houve pane em algum equipamento de navegação.
O incidente foi classificado
como "grave" pela Aeronáutica
e uma investigação completa
será realizada, nos mesmos
moldes da efetuada na colisão
do vôo 1907 da Gol com o jato
Legacy em 29 de setembro de
2006, que deixou 154 mortos.
Os relatórios preliminares,
com o relato da queda e sem especificar a pane, já foram concluídos. O documento final será
divulgado pelo Cenipa (Centro
de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos). A tripulação foi ouvida e os dados de
voz e cabine já foram recuperados. O avião voava com 16.613
kg -seu peso máximo de decolagem é 16.700 kg.
A Pantanal foi procurada cinco vezes ontem para confirmar
o incidente. No início da noite,
a assessoria de imprensa informou apenas que as informações contidas no relatórios não
são verdadeiras e que esse vôo
não sofreu queda nem pane.
Segundo a empresa, havia
apenas "forte turbulência" por
causa de um "temporal" e o
avião voava normalmente.
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) informa que o
certificado de aeronavegabilidade do avião de matrícula PT-MFV está suspenso por "situação técnica irregular".
À passageira que se queixou,
a empresa afirmou que o piloto
fez "diversas e consecutivas
manobras" para se afastar de
"área de turbulência compacta
e duradoura" para "garantir o
conforto dos passageiros".
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