São Paulo, sábado, 27 de março de 2010

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Uso adicional de termelétricas custou R$ 12 mi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após o blecaute de novembro, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) recomendou ao governo que aumentasse a geração de termelétricas para tornar o sistema mais seguro. Pelos cálculos da Aneel, essa medida pode ter custado até R$ 12 milhões por mês ao consumidor, o que equivale a um ponto percentual de reajuste na tarifa.
Pelas regras do setor elétrico, esse tipo de despesa é rateada entre todos os consumidores. As termelétricas que foram acionadas geram energia por meio de gás, óleo ou carvão, a um custo mais alto.
Nos dias seguintes ao blecaute, especialistas levantaram a hipótese de a hidrelétrica de Itaipu estar gerando energia demais. Esse ponto é abordado pelos técnicos da agência, que, de fato, verificaram que o "ONS não estava adotando nenhuma medida adicional de segurança para a operação do sistema, em face de eventuais sinalizações de tempo severo".
Os fiscais notaram que o ONS chegou a reduzir a quantidade de energia gerada por Itaipu, mas por volta de 19h, em razão da melhora geral das condições do tempo, decidiu elevar a geração, "ficando acima do valor programado até o momento da ocorrência [o blecaute]".
A agência reguladora notou ainda que o "ONS vinha despachando a hidrelétrica de Itaipu e as usinas da região Sul em seus valores máximos".
Na época, o ONS disse que não houve falha e que o blecaute foi causado por um curto-circuito triplo.


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