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Morre a 16ª criança que esperava UTI no Maranhão
Pouco antes, governo agiu no caso de outra menina
ESTELITA HASS CARAZZAI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM IMPERATRIZ (MA)
Poucas horas antes de Mayara Coelho Francelino, 8, ser
transferida a uma UTI somente
após ordem do governo estadual, a recém-nascida de Gleiciene Gino da Silva -que nem
nome chegou a ter- morreu e
se tornou a 16ª vítima do ano
que, mesmo com decisão judicial, não conseguiu vaga em
UTI em Imperatriz (MA).
A filha de Silva tinha liminar
da Justiça expedida às 20h de
anteontem. Morreu uma hora
depois. Nascida de forma prematura às 13h, veio às pressas
para Imperatriz no colo da avó.
A cidade tem 44 leitos públicos de UTI e 17 particulares. O
ideal seriam 120, segundo o Ministério da Saúde.
Mayara conseguiu ser transferida depois de o caso ter sido
noticiado pela Folha ontem e
pelo "Jornal Nacional", da TV
Globo, anteontem. Ela teve
meningite e estava havia 16
dias no hospital municipal.
Ontem de manhã, representantes da Secretaria da Saúde
de Imperatriz e dos hospitais
públicos da cidade foram a São
Luís pedir a interferência da
governadora Roseana Sarney
(PMDB). Uma hora depois,
Mayara era levada para a UTI
de um hospital particular.
"O secretário [estadual da
Saúde, Ricardo Murad] ligou
para o diretor do hospital às
10h e, às 10h30, já estava tudo
preparado", conta a enfermeira
Carleane Diniz, do hospital.
Mayara chegou às 10h50.
O governo anunciou R$ 5 milhões para as UTIs e hospitais
públicos de Imperatriz.
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