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COMPORTAMENTO
Estudo ouve jovens
Homem machista corre mais riscos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa realizada com jovens
moradores de favelas do Rio de
Janeiro e divulgada ontem na
Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) aponta que homem com atitude machista tem
mais probabilidade de ser preso,
usar violência contra a mulher e
ter doenças sexualmente transmissíveis.
Das 17 perguntas feitas aos entrevistados, os resultados que
mais chamam atenção estão ligados à violência: 53,9% disseram
que, se alguém os insulta, defendem a honra com a força, se for
necessário. Além disso, 33% afirmaram que existem momentos
em que mulher merece apanhar.
Ao tratar de homossexualismo,
31,1% responderam que nunca teriam um amigo gay.
Foram entrevistados 780 jovens
com idade entre 15 e 24 anos moradores de Bangu, Maré e Morro
dos Macacos. O estudo, realizado
pela organização não-governamental Promundo e pelo Horizons Program, acompanhou ainda resultados do chamado Projeto H, criado com o objetivo de estimular jovens a questionarem
normas relacionadas à masculinidade. O trabalho concluiu que as
ações sociais ajudam na mudança
de comportamento dos jovens.
"Os jovens usam modelos. Por
isso, é importante que vejam homens adultos engajados na eqüidade de gênero. Procuramos
questionar os modelos de masculinidade associados à violência",
disse Gary Barker, diretor-executivo do Instituto Promundo.
Com base nesse experiência, o
instituto assinará um convênio
com o Ministério da Saúde para
capacitar agentes dos programas
ligados à juventude para trabalhar com o tema da masculinidade e machismo.
Hoje também será lançado em
Brasília um fundo internacional
com o objetivo de ampliar o Programa H para outros Estados e
países, como Índia e México. O
fundo terá recursos de empresas,
começando com R$ 700 mil.
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