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SEGURANÇA
Os 169 táxis de Novo Hamburgo ganharam radiocomunicadores; motoristas fizeram curso para identificar delitos
Taxistas viram informantes da polícia no RS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O município de Novo Hamburgo, localizado em uma das regiões
mais importantes do Rio Grande
do Sul (o Vale do Rio dos Sinos) e
com aproximadamente 240 mil
habitantes, equipou os seus 169
taxistas para serem arapongas a
serviço da polícia.
O programa Vigilância Solidária - Todos Protegendo Todos foi
idealizado pelo promotor aposentado Ivar Hartmann, que trabalhou na iniciativa desde o segundo semestre do ano passado.
O lançamento oficial aconteceu
ontem. Os taxistas avisarão a polícia, por meio de radiotransmissores, quando presenciarem delitos
de qualquer gravidade. Podem ser
até mesmo simples contravenções, como depredações.
"Não temos notícia desse programa em outros locais do país.
Pelo menos no Rio Grande do Sul
ele é inédito. Nosso único trabalho foi implementar centrais de
rádio em pontos estratégicos, o
que custou R$ 2.000", afirmou o
coronel Evaldo Rodrigues, do 3º
Batalhão de Polícia Militar.
Aula criminal
Durante o processo de implementação do programa, os taxistas tiveram até aulas de identificação de crimes. Em contrapartida,
a Brigada Militar (a PM gaúcha)
se comprometeu a lhes fornecer
permanentemente as placas e características, por exemplo, de carros roubados ou furtados.
"É muito bom tudo isso. Podemos servir ainda melhor a sociedade, e é uma proteção a mais para nós próprios", afirmou o taxista João Pedro Heck, 39.
Os motoristas estão habilitados
até mesmo a transmitir informações para a polícia sobre as características físicas de pedestres ou
passageiros, caso guardem semelhanças com as de um suspeito.
O aviso será feito por um aparelho instalado no interior dos táxis.
Da central de radiotáxi, os crimes
são transmitidos para a Brigada
Militar, a Guarda Municipal, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia
Rodoviária Estadual.
A conexão com a sala de operações da polícia será feita 24 horas
por dia, em uma freqüência específica, criada para a tarefa.
Quando a vítima for o próprio
taxista, haverá um código para o
operador saber da situação sem a
necessidade de detalhes. Pela
transmissão, será possível localizar o veículo que emitiu o sinal.
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