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SAÚDE /IMUNIZAÇÃO
Adulto deve tomar vacina de acordo com profissão
Imunização é indicada a quem trabalha em áreas como saúde, alimentação ou educação
Associação diz que pessoas também devem ficar atentas para atualização das vacinas, como a que protege contra tétano
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o assunto é vacina,
logo se pensa em crianças. Entretanto, os adultos não só são
aconselhados a manter a caderneta atualizada como a prevenir doenças às quais estão sujeitos em razão da profissão.
A "vacinação ocupacional" é
defendida pela Sociedade Brasileira de Imunizações e aconselhada principalmente para
quem trabalha em áreas como
saúde, alimentos, em contato
com crianças ou viaja muito.
Segundo a vice-presidente da
entidade, Isabella Ballalai, é necessário avaliar o risco a que o
profissional está submetido e o
que leva aos seus clientes. "Um
cozinheiro não corre o risco de
pegar hepatite A, mas pode
transmiti-la", afirma.
A área da saúde é a que mais
preocupa e há até uma norma
federal obrigando vacinação
específica. Profissionais que
trabalham na aviação ou em
contato com turistas também
estão no grupo de risco. "Nós
temos o sarampo controlado
no país. Mas um taxista que
tem bastante contato com estrangeiros, por exemplo, tem
mais chances de entrar em contato com esse vírus."
Outro motivo para que médicos aconselhem a vacinação é a
atualização de vacinas, como a
que protege contra tétano e difteria, válida por dez anos.
Além disso, muitos adultos
não tomaram determinadas vacinas quando eram crianças
porque elas ainda não existiam.
É o caso da tríplice viral (contra
sarampo, caxumba e rubéola),
que só começou a ser usada rotineiramente a partir de 1992.
Antes, havia a monovalente
contra o sarampo.
No trabalho
Um dos impactos da não-prevenção, segunda a pediatra
Maria Cristina Senna Duarte,
também membro da Sociedade
Brasileira de Imunizações, é no
próprio local de trabalho.
"A gripe é a principal causa
de faltas no trabalho. Estudos
apoiados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostraram que, para US$ 1 gasto em
prevenção, há uma economia
de US$ 60 em tratamento", diz.
Contudo, segundo ela, no que
tange à vacinação ocupacional
nas empresas, se observa uma
procura apenas pela vacina da
gripe na maioria dos casos.
Caderneta perdida
Caso o adulto tenha perdido
a caderneta, o que é comum, a
recomendação é começar do
zero. "No caso da hepatite B,
por exemplo, se tiver tomando
duas doses e se passaram vinte
anos, pode tomar a terceira. Caso não possa comprovar ou tenha dúvida, deve-se recomeçar,
o que não implica risco adicional", diz Isabella Ballalai.
As vacinas consistem em vírus atenuados ou inativados
que forçam uma reação do sistema imunológico semelhante
a uma situação de infecção. O
objetivo é tornar o organismo
imune ao agente causador.
Por não ser inócua e envolver
riscos, o uso de vacinas é contestado. "Elas são inúteis e perigosas. A única prevenção são
os bons hábitos de vida em ambientes limpos e adequados",
diz o higienista Fernando Travi. De acordo com ele, é impossível forçar uma imunidade
quando o corpo já está enfraquecido, e, quando está saudável, não precisa de nenhuma
ajuda, "pois a imunidade é algo
absolutamente natural".
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