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Executivo é achado morto perto de shopping center
Vítima estava no banco do passageiro de seu carro, com um
tiro no pescoço, em rua próxima do shopping Cidade Jardim
Segundo a polícia, o homem
sofreu sequestro relâmpago
na zona sul e foi deixado em
bairro nobre de São Paulo
JAMES CIMINO
DA REPORTAGEM LOCAL
Executivo de uma multinacional de produtos farmacêuticos, Carlos Eduardo Viviani,
43, foi encontrado morto na
tarde de ontem ao lado do
shopping Cidade Jardim, zona
oeste de São Paulo. Ele levou ao
menos um tiro, no pescoço.
Viviani estava no banco do
passageiro de seu carro, um Corolla prata, abandonado na rua
Padre José Griecco, via predominantemente residencial, de
alto padrão, do bairro Real Parque. Segundo o boletim de
ocorrência, registrado no 34º
DP, o executivo foi vítima de
um sequestro relâmpago iniciado no Jabaquara, bairro de
classe média na zona sul.
De acordo com um parente
da vítima, Viviani estava provavelmente na região de Moema,
pois o escritório de seu contador fica por lá - o executivo,
sua mulher e os dois filhos são
moradores do bairro de Perdizes (zona oeste).
O delegado Nelson Benito Jr.
disse não haver certeza do local
do início do sequestro.
Segundo o B.O., na hora em
que o executivo foi sequestrado, policiais estavam por perto
e iniciaram uma perseguição.
Depois de alguns minutos, os
policiais perderam de vista o
carro de Viviani, sob o comando dos sequestradores, na região da avenida das Nações
Unidas.
O corpo do executivo foi
achado ao lado do shopping Cidade Jardim por volta das 16h,
pela empregada de uma casa localizada na vizinhança.
Um soldado da PM que
aguardava a perícia no local onde o carro foi encontrado disse
que Viviani estava com dois homens no veículo, que o teriam
matado e fugido a pé.
Familiares do executivo disseram que não acreditam que
ele tenha reagido ao sequestro.
Pelo rádio
De acordo com o B.O., a mulher do empresário, Eliane Silvério Ferreira, 34, soube da
morte do marido pelo rádio e
foi para o 34º DP.
À noite, aflita, ela conversava
na delegacia, por telefone, com
o irmão gêmeo de Viviani, que
estava em Curitiba. "Guto, você
entendeu o que aconteceu. Como vou contar isso para o L. e
para a B. [filhos do casal, cujos
nomes estão preservados neste
texto]?"
Ao desligar o telefone, implorava que um dos investigadores
lhe dissesse a verdade: "Vocês
já contaram para minha irmã,
para o meu chefe, pelo amor de
Deus, contem para mim!".
Por volta das 21h30, era possível ouvir os gritos desesperados de Eliane, na parte reservada da delegacia. Segundo o delegado, ela teve de tomar medicamentos e foi levada do local
carregada.
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