São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 2011

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OSB encerra negociações com músicos

Em maio, orquestra fará audições no Rio, Londres e Nova York para encontrar substitutos para os demitidos

Após se recusar a passar por avaliações, quase metade dos integrantes foi demitida; crise se arrastou por três meses


LUIZA SOUTO
DO RIO

Depois de três meses de uma crise que levou à demissão de 37 de seus 82 músicos e à suspensão da temporada, a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira deu por encerradas ontem as tentativas de um acordo para readmissão dos instrumentistas.
A crise começou no início do ano, quando a instituição decidiu avaliar os músicos em audições. Apenas 35 deles compareceram. Alguns faltosos apresentaram atestados médicos e tiveram as apresentações reagendadas. Os demais foram demitidos, 33 deles por justa causa.
As duas partes buscaram um acordo, mas as tentativas esbarraram em um ponto: os músicos exigiam o afastamento do maestro Roberto Minczuk; o conselho curador da orquestra não abria mão de sua permanência.
Na primeira semana de abril, a instituição havia apresentado uma proposta que previa a conversão das demissões por justa causa em suspensões por dois dias, desde que retornassem imediatamente às suas funções.
"A Fosb sempre acreditou em um desfecho positivo e se empenhou ao máximo para atender as solicitações do grupo de músicos, mas infelizmente não houve consenso. A fundação acredita que deve dar continuidade ao projeto de transformar a OSB na melhor orquestra do país e pensar na execução da Temporada 2011", informou a fundação em nota.
Na segunda quinzena de maio serão feitas audições em Londres, Nova York e no Rio de Janeiro para preencher as vagas.
No sábado, o grupo demitido se apresenta em concerto com a pianista Cristina Ortiz. Integrantes da Orquestra do Theatro Municipal e também da Petrobras Sinfônica participarão do evento gratuito, no palco da Escola Nacional de Música da UFRJ, na Lapa (Centro do Rio), às 19h.
"A gente imagina que esse evento trará muitos convites. Nosso objetivo é mostrar para o público que queremos trabalhar", disse à Folha o ex-presidente da Comissão dos Músicos da OSB, Luzer Machtyngier.


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