São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2004

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Ação pede que lanche do McDonald's traga alerta de potencial risco à saúde

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O Ministério Público Federal em Minas Gerais quer obrigar a rede de lanchonetes McDonald's a informar, nas embalagens de seus alimentos, os valores nutricionais e potenciais riscos à saúde causados pelo seu consumo.
Em ação civil pública ajuizada ontem na Justiça Federal, o procurador Fernando de Almeida Martins pede ainda que os rótulos e as embalagens tragam a seguinte mensagem: "O consumo em excesso deste alimento pode ocasionar o desenvolvimento de obesidade e doenças correlatas".
Para a Promotoria, o McDonald's não cumpre normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre rotulagem nutricional e o artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor, sobre informações dos produtos e riscos à saúde e à segurança do consumidor.
Na ação, o procurador afirma que "quase todos" os alimentos vendidos pela rede "estão bem acima da ingestão diária recomendada". Cita, entre outros, o exemplo do sanduíche Cheddar McMelt, que teria, respectivamente, 56% e 116,7% das proteínas diárias recomendadas a um adulto e a uma criança.
"Assim, ingerindo apenas um sanduíche, o consumidor ingere quase a totalidade de nutrientes que necessita ou algumas vezes até o ultrapassa", diz na ação.

Outro lado
Em nota, o McDonald's classifica como "estranho" o questionamento da Procuradoria da República. Isso porque, segundo a empresa, ela "presta informações nutricionais de maneira ostensiva", em três meios: o guia nutricional distribuído nas lanchonetes; os sites www.mcdonalds. com.br e www.comendoeaprendendo. com.br; e no verso dos papéis que cobrem a bandeja.


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