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Vendaval vira ônibus e mata dois trabalhadores rurais em Palmital
DO "AGORA"
Um vendaval de grandes proporções foi o responsável por
uma tragédia incomum na área
rural da pequena cidade de Palmital (a 398 km de São Paulo), na
região de Assis, no oeste do Estado. A ventania, que pode ter ultrapassado os 70 km/h, arrastou por
cerca de 40 metros um ônibus
com bóias-frias, deixando duas
pessoas mortas e 42 feridas.
A tempestade atingiu a cidade
na manhã de anteontem e, segundo meteorologistas, durou pelo
menos três horas. Às 13h, a chuva
e os ventos eram tão fortes que
cerca de 50 bóias-frias tiveram de
interromper o corte de cana-de-açúcar na fazenda São Joaquim.
O grupo procurou abrigo dentro de um ônibus da fazenda que
faz o transporte dos trabalhadores. Ele estava estacionado próximo ao canavial. Instantes depois,
uma forte rajada de vento atingiu
o veículo, com 44 pessoas.
"O teto do ônibus começou a
chacoalhar e todos os vidros estouraram. De repente, o ônibus
saiu do chão e começou a rodopiar. Enquanto uns gritavam por
socorro, outros eram atirados pelas janelas", disse Maria de Lurdes
Morgante Almeida, 46.
Os cerca de dez trabalhadores
que não conseguiram chegar até o
coletivo tiveram de se agarrar a
pés de cana para não serem arrastados pelo vendaval. Foram eles
que ajudaram a socorrer os feridos. Muitas das vítimas ficaram
presas nas ferragens do veículo.
As vítimas foram transportadas
a hospitais por motoristas que
passaram pelo local e por ambulâncias. Dois dos bóias-frias, entretanto, morreram no local: Sidiney Diniz, 37 anos, e Adão Dario
de Souza Pereira, 33. No final da
manhã de ontem, duas mulheres
continuavam internadas, mas
não corriam risco de morte.
O grupo é de Itambaracá (PR) e
estava na cidade apenas para fazer
o corte da cana.
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