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Prioridade é aula, diz secretário sobre regra para docentes
Paulo Renato afirmou que liberou contratação de
professor sem avaliação para que não haja aula vaga
Rede estadual sofre com falta de docentes de exatas; governo diz que exame para temporário está mantido
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE SÃO PAULO
O secretário da Educação
de SP, Paulo Renato Souza,
disse que buscou beneficiar
os alunos ao permitir que
professores temporários sem
avaliação possam dar aulas
na rede estadual, neste ano.
Conforme a Folha informou ontem, a medida foi tomada devido à dificuldade
que o governo enfrenta de
encontrar docentes.
"O pior que pode acontecer é não ter aulas. É o que
queremos evitar. Não podemos dispensar os alunos por
falta de professor", disse.
Os não avaliados serão
contratados após serem chamados, pela ordem, os concursados e os avaliados.
Paulo Renato reafirmou
que a prova para temporários, aplicada pela primeira
vez em dezembro, seguirá
nos próximos anos. Esses docentes, que suprem a falta de
concursados, representam
cerca de 40% da rede.
"Nós não estamos revogando nada. Foi a primeira
vez na história que fizemos
exames para temporários,
por isso o nosso contingente
aprovado ainda é pequeno."
Os professores que forem
contratados sem terem feito a
prova terão de fazer o exame
no final deste ano, para lecionarem em 2011.
A secretaria não informa
qual o deficit de professores.
Diz apenas que as maiores dificuldades estão nas periferias das grandes cidades, nas
matérias de exatas.
No começo deste ano, a
pasta já havia decidido que
professores temporários que
não atingiram a nota mínima
no exame poderiam dar aulas, pois não havia número
suficiente de aprovados.
Para Paulo Renato, a situação do ensino no Estado está
melhorando, depois que o
governo implementou bônus
por desempenho e reajuste
salarial de 25% aos docentes
aprovados num exame.
MUDANÇA NA LEI
Paulo Renato afirmou que
a alteração na lei de contratação de temporários, feita no
ano passado, dificultou a formação do quadro de docentes nas escolas estaduais.
Desde a mudança, válida
para todo o funcionalismo
público estadual, o temporário não pode dar aulas por
mais de um ano consecutivo.
Antes de voltar, precisa ficar
200 dias fora do sistema.
"Esse é um problema que a
legislação está causando. Estamos estudando junto com
a [secretaria de] Gestão medidas legais para mudar na [de]
Educação aspectos dessa lei,
que permita atribuição de
aulas mais fácil."
Ele pretende enviar à Assembleia projeto até junho,
mas não citou detalhes. Segundo o governo, a "quarentena" foi adotada para evitar
que os temporários se tornassem permanentes.
(TATIANA SANTIAGO e FÁBIO TAKAHASHI)
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