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TRANSPORTE
Funcionários aceitam 7% e gratificações; governo do Estado vai repassar custo à tarifa, que pode chegar a R$ 1,70
Greve no Metrô acaba, mas passagem sobe
ESTANISLAU MARIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os metroviários, em assembléia
ontem à noite, aceitaram a proposta salarial do Metrô e votaram
pelo fim da greve que durou dois
dias. Mas a tarifa vai subir.
O governo estadual anunciou
que o reajuste será repassado aos
usuários. O bilhete unitário, de R$
1,40, pode chegar a R$ 1,70 já na
próxima semana. Às 21h30 de ontem, o metrô voltou a circular.
A proposta aceita pelos trabalhadores prevê reajuste salarial de
7%, manutenção do adicional noturno de 50% para todos e da gratificação de 1% por ano de serviço
-só para os atuais contratados.
Depois de começar a campanha
salarial pedindo quase 20% de
reajuste, entre reposição salarial e
produtividade, os metroviários
sofreram derrotas na Justiça do
Trabalho e acabaram recuando.
Até aceitaram 50% por hora extra.
Quando a greve começou, à 0h de
segunda, eles pediam 100%.
Na entrevista coletiva, após reunião da direção do Metrô com o
sindicato, o secretário estadual
dos Transportes Metropolitanos,
Claudio de Senna Frederico,
aproveitou para dizer que o aumento será repassado para a tarifa, cujo valor será anunciado até o
final da semana e entrará em vigor cinco dias depois. "O aumento mínimo será de 5% [a tarifa iria
para R$ 1,47". Mas certamente será alguma coisa parecida com o
dos ônibus", disse ele. Em maio, a
prefeita Marta Suplicy (PT) reajustou a tarifa em 21,7%, percentual que elevaria o bilhete do Metrô para R$ 1,70.
Na greve, a empresa deixou de
transportar 2,6 milhões de pessoas e de arrecadar R$ 2 milhões
por dia. Com 400 mil carros a
mais nas ruas, São Paulo teve ontem seu pior congestionamento
do ano: 215 quilômetros, às 19h.
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