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CPI DOS JOGOS
Jamil Chokr confirma ter dado R$ 3.000 para festa do Cambuci
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Jamil Chokr,
suspeito de pagar propina a
policiais para manter caça-níqueis em São Paulo, confirmou ontem na CPI dos Jogos
Eletrônicos da Câmara Municipal que doou R$ 3.000, a
pedido de um então assessor
da Subprefeitura da Vila Mariana, para divulgar a festa
dos cem anos do Cambuci.
A doação havia sido revelada na semana passada pelo
então assessor Wanderley
Arruda, demitido após reconhecer ter pedido a doação.
Chokr passou a ser investigado pela Corregedoria da
Polícia Civil e pelo Ministério Público depois que a polícia apreendeu em seu carro
R$ 31 mil e uma suposta lista
da propina, que seria paga a
70% dos distritos policiais de
São Paulo, após um acidente,
em 25 de maio. Além disso, a
Polícia Federal gravou um
telefonema em que um empresário ligado a caça-níqueis dá indícios de que
Chokr pagava propinas, o
que ele sempre negou.
A CPI apura se Chokr doou
o dinheiro para que bingos
clientes de seu escritório fossem poupados de fiscalização. Ontem, Chokr afirmou
ter decidido colaborar com a
festa porque se tratava de
uma boa estratégia de marketing. ""É um fato tão irrelevante, porque a acusação é
que escritório de advocacia
ajudou a promover uma festa
popular. Isso é comuníssimo", disse José Carlos Dias,
advogado de Chokr.
A CPI tentará fazer uma
acareação entre Chokr e Arruda amanhã para esclarecer
contradições nos depoimentos.
(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)
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