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Às mulheres de controladores, Saito diz que vai "endurecer" negociação com setor
VINICIUS ABBATE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse em encontro ontem com as mulheres
dos controladores de vôo que
vai "endurecer" as negociações
com a categoria.
Em reunião de cerca de uma
hora e meia no Comando da
Aeronáutica, as mulheres dos
controladores tentaram explicar a situação dos bastidores da
profissão a Saito. "A Aeronáutica descartou negociar", diz Lúcia da Silva, uma das presentes.
A deputada Luciana Genro
(PSOL-RS) esteve presente ao
encontro em defesa dos controladores. "As ameaças de expulsão foram mantidas pela
Aeronáutica. Não podemos
aceitar que a "normalidade"
dos aeroportos seja estabelecida com ameaças de prisão sobre lideranças que constituem
associações legítimas dos controladores de vôo, permitidas
pelo código militar", afirmou.
A deputada disse que o PSOL
deve entrar com uma representação hoje no Ministério Público Militar contra as prisões.
Têm prisão determinada pela Aeronáutica o controlador
Moisés Almeida, de Brasília, vice-presidente da Febracta (Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo), e do presidente
Carlos Trifilio, que atuava em
Congonhas. Ambos falaram à
imprensa durante a crise aérea.
"Meu marido falou à imprensa em nome da associação dos
controladores, fez uso de um
direito constitucional", disse
Janete Almeida, mulher dele.
Os controladores afastados
por insubordinação na sexta-feira -14, no total- foram
transferidos para o Comdabra
(Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro), onde fazem
um curso para atuar futuramente na Defesa Aérea.
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