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Tarso determina fiscalização em aeroportos
ANDREZA MATAIS
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia depois da posse de
Nelson Jobim na Defesa, o
também gaúcho Tarso Genro
(Justiça) determinou ontem
uma fiscalização nos aeroportos oficialmente destinada a
apurar eventuais irregularidades cometidas pelas companhias aéreas no atendimento
aos consumidores.
No meio político, a iniciativa
foi interpretada como uma reação à ascensão de um rival em
potencial -não só no Estado
como na coalizão que apóia o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, já que nunca falta em
Brasília especulação sobre a sucessão de 2010. "Houve um
contra-ataque positivo. Na hora em que ele [Tarso] viu a entrada de Jobim, reuniu o pessoal dele", disse o senador Pedro Simon (PMDB-RS).
A operação inclui a Secretaria de Direito Econômico, a Polícia Federal (ambas subordinadas ao ministro) e os Procons
estaduais. A titular da SDE,
Mariana Tavares, disse que a
avaliação é que as medidas adotadas até agora pela Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil) foram insuficientes.
Até o final do dia, a secretaria
só tinha retorno parcial sobre
uma empresa, cujo nome não
foi revelado. Os dados preliminares davam conta que a companhia havia cancelado, desde
o dia 20, dois vôos em Guarulhos e 27 em Brasília. Os atrasos
atingiram 16 vôos em Guarulhos e 19, em Brasília.
Se houver indícios de descumprimento da legislação, as
companhias serão alvo de processo administrativo e podem
ser multadas em até R$ 3 milhões. A operação pode durar
até 60 dias e se estender por todo o país.
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