São Paulo, domingo, 27 de julho de 2008

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Shopping diz ser contrário à transformação

DA REPORTAGEM LOCAL

"Gay Caneca". "Frei Boneca". "Frei Traveca". São com essas variações que os freqüentadores da Frei Caneca chamam a rua e o shopping ali construído.
A administração do centro comercial, que segundo os próprios gays impulsionou a freqüência GLS na região, disse em nota ser contrário à oficialização da rua temática.
"O shopping Frei Caneca, desde o início de sua operação, se posiciona como um empreendimento voltado à comunidade em geral, sem qualquer tipo de discriminação social, racial, religiosa, política ou de orientação sexual. A administração é totalmente contrária a qualquer forma de rotulação, discriminação, segregação ou criação de guetos", diz a nota.
Com quatro condomínios residenciais (que somam 712 apartamentos) e um comercial em construção, a Frei Caneca - corredor de 1,5 km de extensão que liga a rua Caio Prado, no centro, à avenida Paulista- vive boom imobiliário provocado pelo público gay.

História
Segundo o historiador americano James Green, autor do livro "Além do Carnaval", sobre a história da homossexualidade masculina no Brasil, não há nada de novo no fato de gays morarem no centro de São Paulo.
Isso ocorre pelo menos desde o final do século 19. Àquela época, eles freqüentavam a região do vale do Anhangabaú; depois, foram migrando para a praça da República e para a Vieira de Carvalho, onde vivem até hoje.
(VQG)



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