São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009

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Cavalos da família Marinho recebem tratos "sem frescura"

DA SUCURSAL DO RIO

"Imagina um homem da qualidade do João Roberto [Marinho] caindo do cavalo?", dizia o tratador dos cavalos da família Marinho, José Francisco Alves Nascimento, o Tamborete, na semana passada, dando biscoitos de linhaça ao cavalo Hare.
Num condomínio de hipismo em Itaipava, distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio, Tamborete cuida de Hare, com o qual o filho do empresário Roberto Marinho (1904-2003) saltará obstáculos de 1,20 m no Athina Onassis Horse Show.
O tratador cuida dos cavalos da família há 34 anos. Era militar e foi apresentado ao clã por um sargento, que sabia de sua habilidade com animais. Tamborete foi contratado pelo empresário aos 22 anos e, orgulha-se, "doutor Roberto nunca deixou de me atender".
"Ele ligava para avisar quais cavalos iria montar. Eu montava antes, de manhã, para aquecer e, à tarde, ele chegava à hípica", conta. "Para o doutor Roberto, não tinha altura, não. Ele era raçudo", diz, lembrando que o patrão saltou um obstáculo de 1,90 m aos 78 anos.
O tratador chora fácil quando fala do chefe. "Que figura, o doutor Roberto... Ele era um homem", diz ele, que comprou muitos cavalos a pedido do empresário. A equipe amadora da família, inclusive, leva o apelido do tratador como nome.
Tamborete estava na fase brilhante do hipismo na família: acompanhou a égua vitoriosa Miss Globo, "xodó do doutor", em torneios pelo mundo.
Hoje, o tratador cuida dos 16 cavalos de João Roberto e Rodrigo Marinho "sem frescura": usa ração de grão e feno, trazido do sul do país, com um pouco de óleo de linhaça, e, a cada dois dias, inclui na dieta linhaça pura.
Diariamente, os animais são esfregados com álcool diluído em água e, em seguida, escovados. Também tomam banho com xampu neutro, trazido por Tamborete de Duque de Caxias, onde ele mora.
O trato simples, diz ele, é "o que se vê por aí na Europa". "Os animais é que são bons, não o que eles comem", afirma.


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