São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2010

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Kassab é aprovado por 42%, diz Datafolha

Apoio à gestão do prefeito de SP cresceu 8 pontos percentuais, na 1ª melhora significativa desde a eleição de 2008

Segundo instituto, pesquisa espelha momento sem cheias e com trânsito melhor devido a férias escolares

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

A aprovação ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), melhorou significativamente pela primeira vez desde a eleição de 2008, quando foi reconduzido ao cargo, segundo o Datafolha.
A avaliação de Kassab seguia uma trajetória de queda que atingiu o menor índice no início deste ano, quando a cidade sofreu com fortes enchentes que chegaram a deixar bairros na zona leste alagados por mais de um mês.
No levantamento anterior do Datafolha, no fim de março, a gestão de Kassab tinha 34% de aprovação. O índice subiu agora para 42%.
A pesquisa foi realizada em julho, período de férias escolares, quando os índices de congestionamento da cidade são menores.
Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, diz que é uma característica de SP que a avaliação dos prefeitos varie muito, mas para ele a exposição negativa de Kassab no início do ano pode ter influenciado a avaliação.
"Agora estamos com menos dois problemas graves de SP: não temos enchentes e o trânsito está melhor por causa das férias", diz Paulino.
Trânsito, cheias, violência e qualidade do transporte público são, historicamente, alguns dos fatores que mais causam impacto na avaliação de prefeitos paulistanos.
Kassab foi eleito em 2008 com 59% de aprovação. Desde então, o índice sofreu quedas até atingir em março o mínimo de 34%, semelhante ao que tinha antes da campanha eleitoral. Agora, há a primeira alta significativa (houve variações positivas dentro da margem de erro, sem alterar a trajetória de queda).
Além de fatores como o alívio do trânsito nas férias, Kassab investiu bastante em publicidade no primeiro semestre e apareceu na propaganda partidária do DEM.
A pesquisa ouviu 1.091 moradores de São Paulo entre os dias 20 e 23 deste mês. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.


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