São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 2011

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Crematório leva até quatro dias para incinerar corpos no Rio

Falta de jazigos eleva a procura; cidade tem apenas um forno

FÁBIO GRELLET
DO RIO

Quando um parente morre, quem mora no Rio enfrenta dois problemas: a dor da morte e a necessidade de dar um destino ao corpo.
Há escassez de jazigos, o que tem elevado a procura pela cremação, gerando filas de espera de até quatro dias para o único forno da cidade, segundo funcionários do serviço funerário. Os poucos jazigos à venda podem custar até R$ 150 mil, como no cemitério São João Batista, em Botafogo, o único da zona sul do Rio.
A alternativa é alugá-los. A prefeitura estipula tabela com preços acessíveis -ocupar uma sepultura rasa por três anos custa R$ 34,20, e o aluguel de espaço em um cemitério vertical sai por R$ 258,70 pelo mesmo prazo.
O problema é conseguir uma vaga disponível para aluguel. Diante da dificuldade para enterrar, a saída é cremar. Nesse caso, o problema é a fila de espera.
Só há um forno, que cremou uma média de 243 corpos em 2010. Entre 2008 e 2010, enquanto o número de sepultamentos pagos cresceu 21,1%, as cremações aumentaram 27,9%. Não há previsão de novos fornos.
A fila de espera aumenta os gastos. Segundo o serviço funerário, uma cremação custa em torno de R$ 3.900. E é preciso manter o corpo em uma câmara fria, por cerca de R$ 200 ao dia.
Em São Paulo, há apenas um crematório público que opera com dois fornos. O número deve ser ampliado para quatro até o fim do ano, segundo o serviço funerário. Os corpos são cremados no dia seguinte ao velório.
Mas as cinzas só são liberadas após cerca de dez dias, devido à emissão de documentos de liberação.

Colaborou VANESSA CORREA


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