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ÀS CEGAS
Aeroporto de Congonhas ficou fechado, e passageiros tiveram de esperar até duas horas; ponte aérea foi a mais afetada
Nevoeiro provoca atrasos em 71 vôos em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Dificuldades de visibilidade,
causadas pelo forte nevoeiro formado no início da manhã de ontem, fecharam o aeroporto de
Congonhas (zona sul de SP) entre
7h e 7h40 para decolagens e entre
7h e 8h20 para pousos. Resultado:
71 vôos atrasados -38 que saíam
de São Paulo e 33 que chegariam à
cidade-, desvio de 12 aeronaves
(seis para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e seis para ViraCopos, em Campinas) e cinco
vôos cancelados.
A espera dos passageiros chegou a ser de duas horas, e a situação só foi normalizada por volta
das 13h30, segundo a Infraero. A
situação foi pior para os usuários
da ponte aérea Rio-São Paulo. Isso porque, mesmo depois que
Congonhas voltou a funcionar, o
aeroporto Santos Dumont, na capital fluminense, ainda operava
por instrumentos, também por
causa de nevoeiro intermitente, o
que limitou o ritmo do tráfego aéreo e agravou os atrasos.
As aeronaves, que já haviam
deixado São Paulo após o horário
previsto, demoravam para pousar
no Rio e voltavam ainda mais
atrasadas para a capital paulista.
Por volta das 11h, ainda estavam
atrasados 21 vôos para decolagem
e 20 para pouso em Congonhas.
O nevoeiro também prejudicou
o trânsito nas rodovias do sistema
Anchieta/Imigrantes, onde teve
de ser implantado um comboio
para descer a serra. Só no início da
tarde a visibilidade melhorou.
A ocorrência de nevoeiro ontem
não teve nada de extraordinário.
Ela é relativamente comum nas
manhãs de inverno por causa do
frio -especialmente se o dia e a
noite anteriores foram quentes,
afirma o meteorologista Leandro
Della Vedova, do Inmet (Instituto
Nacional de Meteorologia).
A explicação para o fenômeno é
o súbito resfriamento da atmosfera, que provoca uma condensação das gotículas de água presentes no ar e forma nuvens baixas,
mais próximas à superfície.
O nevoeiro pode ser causado
por temperaturas abaixo de 20C.
A mínima de ontem, segundo o
Inmet, foi de 16,4 C, não tão baixa, mas suficiente para condensar
o ar que estava quente. A máxima
anteontem foi de 29,7C. Na terça,
havia sido de 22C.
Colaborou a Folha Online
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