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Kassab muda cúpula da Guarda Civil Metropolitana
Gestão nega que motivo seja a greve, que continua hoje
DO "AGORA"
Sem admitir que a decisão tenha sido motivada pela greve
iniciada à 0h de terça, o prefeito
de São Paulo, Gilberto Kassab
(DEM), mexeu na cúpula da
Guarda Civil Metropolitana.
Foram 12 mudanças de cargo. Entre elas está a ida do inspetor Rubens Trapiá, tido como disciplinador, da chefia da
zona sul para a Inspetoria do
Centro, responsável pela fiscalização do comércio na região
da rua 25 de Março. Outra mudança é a substituição de Hamilton Ananias por Dalmo Luiz
Coelho Álamo no cargo de superintendente da GCM.
Para Eudes Wesley Melo, secretário-geral do sindicato dos
guardas-civis, as mudanças
aconteceram por causa da greve. A Secretaria da Segurança
Urbana nega e diz que apenas
houve um remanejamento.
Ontem, a Câmara aprovou
em votação definitiva o projeto
de lei que cria uma gratificação
para policiais que trabalhem
em convênios com a prefeitura.
O texto prevê concessão de adicional de 75% a 100% do salário
para policiais civis e militares
que participem dos convênios
-atualmente, existe apenas
um, entre a prefeitura e a PM,
para fiscalização e controle do
trânsito. O sindicato dos guardas-civis queria incluir a GCM
entre os beneficiários da gratificação, o que motivou a greve.
Acordo entre lideranças na
Câmara incluiu promessa de
votar um pacote de valorização
da GCM antes do fim de novembro, mas a categoria decidiu pela continuidade da greve.
Os guardas-civis pedem reajuste de 80% sobre o Regime
Especial do Trabalho Policial.
Com isso, o salário inicial subiria de R$ 855 para R$ 1.300.
Ontem, pelo segundo dia,
guardas-civis ocuparam a frente da prefeitura e houve um
princípio de tumulto entre a categoria e a Polícia Militar.
Para amenizar os problemas
causados pela greve, o comando da CGM remanejou parte do
efetivo em atividade (30%) para reforçar as regiões mais vulneráveis, incluindo a ronda escolar e a fiscalização no centro.
O sindicato afirma que esses
guardas não trabalharão hoje.
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