São Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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Kassab muda cúpula da Guarda Civil Metropolitana

Gestão nega que motivo seja a greve, que continua hoje

DO "AGORA"

Sem admitir que a decisão tenha sido motivada pela greve iniciada à 0h de terça, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), mexeu na cúpula da Guarda Civil Metropolitana.
Foram 12 mudanças de cargo. Entre elas está a ida do inspetor Rubens Trapiá, tido como disciplinador, da chefia da zona sul para a Inspetoria do Centro, responsável pela fiscalização do comércio na região da rua 25 de Março. Outra mudança é a substituição de Hamilton Ananias por Dalmo Luiz Coelho Álamo no cargo de superintendente da GCM.
Para Eudes Wesley Melo, secretário-geral do sindicato dos guardas-civis, as mudanças aconteceram por causa da greve. A Secretaria da Segurança Urbana nega e diz que apenas houve um remanejamento.
Ontem, a Câmara aprovou em votação definitiva o projeto de lei que cria uma gratificação para policiais que trabalhem em convênios com a prefeitura. O texto prevê concessão de adicional de 75% a 100% do salário para policiais civis e militares que participem dos convênios -atualmente, existe apenas um, entre a prefeitura e a PM, para fiscalização e controle do trânsito. O sindicato dos guardas-civis queria incluir a GCM entre os beneficiários da gratificação, o que motivou a greve.
Acordo entre lideranças na Câmara incluiu promessa de votar um pacote de valorização da GCM antes do fim de novembro, mas a categoria decidiu pela continuidade da greve.
Os guardas-civis pedem reajuste de 80% sobre o Regime Especial do Trabalho Policial. Com isso, o salário inicial subiria de R$ 855 para R$ 1.300.
Ontem, pelo segundo dia, guardas-civis ocuparam a frente da prefeitura e houve um princípio de tumulto entre a categoria e a Polícia Militar.
Para amenizar os problemas causados pela greve, o comando da CGM remanejou parte do efetivo em atividade (30%) para reforçar as regiões mais vulneráveis, incluindo a ronda escolar e a fiscalização no centro. O sindicato afirma que esses guardas não trabalharão hoje.


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