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FEBEM
Condições de higiene na Imigrantes são causa
Promotor quer ação contra o governo
da Reportagem Local
A Promotoria da Infância e da
Juventude de São Paulo vai entrar hoje com uma ação contra o
governo do Estado por causa das
condições de higiene e acomodação dos adolescentes abrigados no complexo da Imigrantes
da Febem, na zona sudoeste de
São Paulo.
Segundo o promotor Ebenezer
Salgado Soares, a unidade não
tem condições de higiene e está
superlotada. "Os direitos fundamentais dos internos estão sendo violados. A unidade tem lugar
para 330 adolescentes e abriga
1.400, isso é descaso", disse.
Ele afirmou que a Promotoria
deve entrar com uma série de
ações contra o governo e que
anunciará hoje qual será a primeira.
"Não estamos tratando dos indícios de tortura, isso está sendo
investigado em inquérito policial", afirmou o promotor.
Nesta semana foram apreendidos objetos que seriam usados
para torturar os adolescentes,
como canos de metal e cabos de
vassoura. Já foram submetidos a
exame de corpo delito 96 jovens.
O Sindicato dos Trabalhadores
em Entidades de Assistência ao
Menor e à Família do Estado de
São Paulo negou ontem as acusações. "Não há tortura, os juízes
vão à unidade e fazem teatro",
disse o presidente do sindicato,
Gilberto Antônio da Silva.
O sindicato divulgou documentos que serão enviados à Febem onde afirmam que 18 funcionários da unidade ficaram feridos com gravidade durante
uma rebelião na terça-feira.
"Não temos condição de segurança para trabalhar", disse. "Temos boletins que mostram que
funcionários estão sendo ameaçados", disse.
O presidente da Febem, Eduardo Roberto Domingues da Silva,
disse que não havia recebido os
documentos do sindicato e que
só se pronunciaria sobre o caso
quando conhecesse os documentos.
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