FERNANDA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

"Muitas vezes, a pessoa traz um relógio de família que não funciona. Os olhos dela brilham quando vêem que está funcionando de novo", afirma o relojoeiro Jan Josef Drabek.
Ele é um dos fundadores da feira de Antigüidades da Paulista, que nesta semana comemora 25 anos. O evento ocorre aos domingos no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo).
Organizada pela Associação de Antiquários do Estado de São Paulo, a feira recebe cerca de 5.000 visitantes por domingo, que encontram, em suas cem barracas -no início, eram 25- antigüidades que vão de um botão a uma obra de arte.
"A feira já virou um ponto turístico da cidade", diz Nelson Nascimento, assessor de imprensa da associação. Segundo ele, a feira recebe turistas estrangeiros de diversos países, como Itália, Japão e Argentina.
As turistas são grande parte da clientela de Lina Faria, também fundadora da feira. Ela vende bijuterias para gostos pouco ortodoxos e bolsos nem tão vazios. Um colar francês da década de 30, a sua peça mais antiga, custa R$ 3.500.
As compradoras? "Mulheres "fashion", muitas estrangeiras, que são mais arrojadas que as brasileiras. Quem é muito comportada não gosta", diz.

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