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Polícia investiga roubos a orientais no centro de SP
Desde janeiro, foram registrados 29 assaltos na região central; maior parte dos crimes ocorreu no Cambuci
Como muitos coreanos
e chineses vivem ilegalmente no país, diz a polícia, eles guardam dinheiro em casa
DO "AGORA"
A Polícia Civil paulista investiga uma onda de assaltos
a orientais, a maioria de origens coreana e chinesa, em
bairros da região central da
capital. De janeiro para cá,
segundo a 1ª Delegacia Seccional (região central de SP),
29 assaltos foram registrados
em quatro bairros da região.
Só no Cambuci, onde mora
a maioria das vítimas, ocorreram 18 roubos. No Bom Retiro e no Pari, foram outros
oito casos -quatro em cada.
Os outros três assaltos ocorreram no Brás (zona leste).
Segundo o delegado Aldo
Galiano, da delegacia Seccional, nove integrantes de três
diferentes quadrilhas especializadas em roubar orientais foram detidos neste ano.
Como muitos chineses e
coreanos vivem ilegalmente
no país, diz a polícia, eles
não têm conta em bancos e
guardam dinheiro em casa.
Por medo de serem detidos, não vão à polícia registrar roubo ou fazer o reconhecimento de suspeitos.
Galiano estima que possa
ter ocorrido neste ano outros
dez roubos contra orientais
que não foram registrados
por conta desse temor.
Para que vítimas reconheçam suspeitos, a Polícia Civil
iniciou, no mês passado,
campanha de conscientização nos Consegs (Conselhos
Comunitários de Segurança
Pública) da região.
"Estamos fazendo reuniões com os moradores, e
explicando que nosso trabalho não é investigar quem está ou não regular no Brasil,
mas sim os roubos. As vítimas não podem ficar reféns
dessas quadrilhas", afirma o
delegado Galiano.
FOGO NO CORPO
Um funcionário público de
56 anos passou por momentos de terror com sua mulher
em agosto, na sua casa na
Aclimação (centro de SP). Segundo a vítima, descendente
de japoneses, três criminosos
entraram pelo portão da frente por volta das 4h, subiram
até o quarto e os renderam.
"Acordei com uma arma
na cabeça. Eles jogaram álcool no meu corpo e ameaçaram atear fogo se eu não entregasse tudo o que quisessem", diz a vítima, que afirmou que os assaltantes foram violentos todo o tempo.
A quadrilha levou celulares, notebook, R$ 2 mil, relógios e talão de cheques. "A
todo momento eles se falavam pelo celular. Tinham
mais dois ou três dando cobertura do lado de fora da casa."
(LÉO ARCOVERDE)
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