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Governo muda proposta para criar megaparque em Bertioga
Decreto permite propriedade privada em parte da área original
DE SÃO PAULO
O governo paulista acatou
propostas da prefeitura e de
proprietários rurais e alterou
o megaparque que vai criar
na serra do Mar para permitir
a propriedade privada em
parte do perímetro original.
A minuta de decreto que
cria o Parque Estadual Restinga de Bertioga foi aprovada ontem pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente.
Houve protesto de ambientalistas, mas a ONG
WWF-Brasil, que ajudou o
governo na proposta inicial,
aprovou o desfecho. O projeto original previa área pública de 8.025 hectares, equivalente a 51 Ibirapueras, com
desapropriações de terra.
Com as mudanças, o parque ficou maior, com 9.264
hectares, mas livrou outros
1.000 hectares em área de valorização imobiliária e permitiu que parte do plano original (1.440 hectares) fosse
convertido em reservas particulares de proteção natural.
O governo também criou
uma segunda área de preservação, na região de Itaguaré,
com 58 hectares. Uma proposta da Promotoria para incluir parte de São Sebastião
não foi aceita pelo governo.
"Tentamos contemplar em
partes todas as propostas
apresentadas para delimitação da área", diz José Amaral
Wagner Neto, diretor executivo da Fundação Florestal.
"A gente tem as joias da
coroa garantidas", diz Luciana Simões, coordenadora do
Programa Mata Atlântica, da
WWF-Brasil. "A Fundação
Florestal conseguiu acomodar bem as demandas."
O parque vai permitir conservar um dos últimos remanescentes de restinga do litoral paulista. O ecossistema
abriga 117 espécies de aves,
cerca de mil tipos de plantas
e os deltas dos rios Itaguaré e
Guaratuba. Também há muitos mamíferos de grande porte sob risco, como onça-parda, jaguatirica, cateto e queixada.
(JOSÉ BENEDITO DA SILVA)
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