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JUSTIÇA
Juízes gaúchos distribuem cartilha à população
da Agência Folha, em Porto Alegre
Desembargadores e juízes gaúchos do Estado do Rio Grande do
Sul distribuíram ontem à população, na região central de Porto
Alegre, cerca de 10 mil minicartilhas com os direitos previstos na
Constituição.
Com o nome de "Passe Livre do
Cidadão", a publicação, cuja tiragem total é de 700 mil exemplares, será distribuída em todo o Estado.
Amanhã, os magistrados gaúchos, ligados à Ajuris (Associação
dos Juízes do Rio Grande do Sul),
darão continuidade à distribuição no brique da Redenção, feira
de antiguidades e artesanato que
reúne grande público.
A iniciativa da associação de
confeccionar as minicartilhas
(que tem 9 cm por 5,5 cm, menor
que um maço de cigarros) tem o
apoio da Polícia Militar, que ajudará na distribuição do material
em cidades do interior.
Direitos desconhecidos
"Boa parcela da população não
conhece seus direitos. É preciso
despertar o sentimento de cidadania e mostrar que não vivemos
na selva que muitos apregoam.
Queremos ajudar a reverter esse
sentimento", disse o presidente
da associação de magistrados,
Antonio Guilherme Tanger Jardim, 49.
O material informa, por exemplo, que a casa é inviolável. "Ninguém pode nela penetrar, salvo
em caso de flagrante delito, para
prestar socorro ou durante o dia
por determinação judicial".
Antonio Jardim explica que
uma pessoa só pode ser presa em
flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada (mandado
judicial) do juiz.
Casos de prisão
Em caso de prisão, a minicartilha orienta que é direito da pessoa
presa ter sua integridade física e
moral respeitada, não sofrendo
espancamento ou humilhações, e
ser assistida por um advogado.
A pessoa presa, ensina a cartilha, tem direito de comunicar sua
prisão a algum juiz e a parentes.
Além disso, pode identificar os
responsáveis por sua detenção.
O material publicado informa
ainda o nome e telefone de órgãos
e instituições a quem pode se recorrer em caso de violação de direitos, como a Defensoria Pública.
(CARLOS ALBERTO DE SOUZA)
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