CRISTINA LIMA MARTINS
free-lance para a Folha Vale

Uma reunião do conselho da escola estadual Coronel Carlos Porto, de Jacareí (68 km de SP), decidiu anteontem à noite pela transferência compulsória do estudante R.A.M., 17, que agrediu a professora Ívea Maria de Mesquita, 57, dentro da sala de aula na segunda-feira.
Ela teve fratura no cóccix e hematoma na altura do baço. Segundo a professora, o adolescente começou a agredi-la após ela ter anunciado que pediria um trabalho para os estudantes que podem ser reprovados.
O conselho é formado por alunos, professores, funcionários, pais e especialistas em educação.
A promotoria e a Vara da Infância e da Juventude são os órgãos responsáveis pela obtenção de uma vaga para o estudante em uma outra escola da rede.
Um grupo de alunos chegou a tentar impedir que os professores que participavam do conselho de escola deixassem o local.
Revoltados com a transferência de R.A.M., os estudantes riscaram o carro de uma professora identificada apenas como Eliane.
Uma comissão de professores da escola vai se reunir na próxima semana com a Diretoria de Ensino para discutir sobre a indisciplina dos alunos.
O Conselho Tutelar de Jacareí notificou ontem a professora Ívea, R.A.M. e seus pais a irem ao órgão na próxima segunda-feira, para explicar as condições em que houve a agressão.
Segundo familiares de R.A.M, ele está arrependido de ter agredido a professora. Ele disse que teme perder o ano letivo e que já pagou para participar da formatura.


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