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COMÉRCIO IRREGULAR
Carros da prefeitura foram atacados por manifestantes
Camelôs tumultuam centro do Rio
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Camelôs queimaram ontem, no
Rio, um carro da fiscalização do
Departamento de Controle Urbano da Prefeitura do Rio e apedrejaram outro na avenida Rio Branco, uma das mais movimentadas
do centro da cidade, após confronto com guardas municipais.
O conflito deixou dois pedestres e
quatro guardas feridos, além de
37 ambulantes detidos.
Só neste ano, 48 conflitos entre
camelôs e guardas municipais
deixaram mais de cem feridos entre guardas, camelôs e pedestres,
segundo a prefeitura.
Segundo a Guarda Municipal, o
tumulto começou por volta das
13h. Insatisfeitos com uma operação da prefeitura para combater o
comércio ilegal na avenida Sete de
Setembro, cerca de 90 camelôs teriam atacado os fiscais com pedradas. "Os vândalos que fizeram
isso não são camelôs, mas pessoas
financiadas sabe-se lá por quem
para prejudicar a ordem urbana
com a venda de pirataria e contrabando", afirmou o diretor do Departamento de Controle Urbano
do Município, Lúcio Costa, que
coordenava a operação.
O confronto se estendeu até a
avenida Rio Branco, onde os ambulantes atacaram com gasolina e
morteiros dois carros da fiscalização que estavam parados. Um
motorista da prefeitura foi ferido
e vários carros foram atingidos.
Guardas municipais entraram
no confronto e os camelôs resistiram com morteiros, pás, picaretas
e pedras. Uma mulher ainda não
identificada foi atingida por morteiros no ombro esquerdo e teve
um seio perfurado. Além dela,
Antonia Julia da Rocha, 59, foi
atropelada, e João Gabriel, 17, se
feriu na mão quando uma pedra
estourou a fachada de vidro de
uma agência do Banco do Brasil.
Após a intervenção da Polícia
Militar, que usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, o
confronto migrou para ruas
transversais da Rio Branco.
Por volta das 15h45min, 50 camelôs se reuniram no largo da Carioca e entraram em confronto
com a Guarda Municipal. O tumulto só foi controlado com a
chegada de 90 homens da PM,
que detiveram 35 camelôs. Outros
dois haviam sido presos antes.
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