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São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2003

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COMÉRCIO IRREGULAR

Carros da prefeitura foram atacados por manifestantes

Camelôs tumultuam centro do Rio

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Camelôs queimaram ontem, no Rio, um carro da fiscalização do Departamento de Controle Urbano da Prefeitura do Rio e apedrejaram outro na avenida Rio Branco, uma das mais movimentadas do centro da cidade, após confronto com guardas municipais. O conflito deixou dois pedestres e quatro guardas feridos, além de 37 ambulantes detidos.
Só neste ano, 48 conflitos entre camelôs e guardas municipais deixaram mais de cem feridos entre guardas, camelôs e pedestres, segundo a prefeitura.
Segundo a Guarda Municipal, o tumulto começou por volta das 13h. Insatisfeitos com uma operação da prefeitura para combater o comércio ilegal na avenida Sete de Setembro, cerca de 90 camelôs teriam atacado os fiscais com pedradas. "Os vândalos que fizeram isso não são camelôs, mas pessoas financiadas sabe-se lá por quem para prejudicar a ordem urbana com a venda de pirataria e contrabando", afirmou o diretor do Departamento de Controle Urbano do Município, Lúcio Costa, que coordenava a operação.
O confronto se estendeu até a avenida Rio Branco, onde os ambulantes atacaram com gasolina e morteiros dois carros da fiscalização que estavam parados. Um motorista da prefeitura foi ferido e vários carros foram atingidos.
Guardas municipais entraram no confronto e os camelôs resistiram com morteiros, pás, picaretas e pedras. Uma mulher ainda não identificada foi atingida por morteiros no ombro esquerdo e teve um seio perfurado. Além dela, Antonia Julia da Rocha, 59, foi atropelada, e João Gabriel, 17, se feriu na mão quando uma pedra estourou a fachada de vidro de uma agência do Banco do Brasil.
Após a intervenção da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, o confronto migrou para ruas transversais da Rio Branco.
Por volta das 15h45min, 50 camelôs se reuniram no largo da Carioca e entraram em confronto com a Guarda Municipal. O tumulto só foi controlado com a chegada de 90 homens da PM, que detiveram 35 camelôs. Outros dois haviam sido presos antes.


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