São Paulo, terça-feira, 27 de novembro de 2007

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Maria Antinolfi e o preço da vaidade

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Ela tinha 55, mas aparentava 35." Uma beleza que desfilava nas praias de Florianópolis e que tinha seus segredos -que a publicitária Maria Eliana da Cunha Aragon Antinolfi, "bonita por dentro e por fora", fazia questão de manter.
Publicitária nascida em Porto Alegre, lá trabalhou em grandes agências até sete anos atrás, quando quis deixar as dores que "Porto" lhe trazia. Lá havia morrido seu marido em um trágico acidente de carro e lá morrera sua filha, de 16 anos, que desde o nascimento nunca andara ou falara.
"Guerreira", Maria Eliana foi para Florianópolis morar com os tios. Logo tornou-se conhecida no mercado publicitário -e na Praia Mole, onde passava tardes de sol; e nos bares da boêmia Lagoa da Conceição, como o reduto cult Confraria das Artes.
"Era muito vaidosa" , dizem as irmãs, que nunca a viram mal vestida. E "sempre fez cirurgias, para tirar uma gordurinha aqui, melhorar o seio ali" -ao todo foram cinco e viraram um hábito de Maria Eliana. "Não tenho medo da morte", dizia, cada vez que uma das irmãs a alertava sobre os riscos.
Na última lipoaspiração, ela sofreu uma fibrilação cardíaca -os médicos acreditam em uma interação medicamentosa. E no leito morreu, na quinta, aos 55 anos, em Florianópolis.


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