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Maria Antinolfi e o preço da vaidade
WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Ela tinha 55, mas aparentava 35." Uma beleza
que desfilava nas praias de
Florianópolis e que tinha
seus segredos -que a publicitária Maria Eliana da Cunha Aragon Antinolfi, "bonita por dentro e por fora",
fazia questão de manter.
Publicitária nascida em
Porto Alegre, lá trabalhou
em grandes agências até sete anos atrás, quando quis
deixar as dores que "Porto"
lhe trazia. Lá havia morrido
seu marido em um trágico
acidente de carro e lá morrera sua filha, de 16 anos,
que desde o nascimento
nunca andara ou falara.
"Guerreira", Maria Eliana foi para Florianópolis
morar com os tios. Logo
tornou-se conhecida no
mercado publicitário -e na
Praia Mole, onde passava
tardes de sol; e nos bares da
boêmia Lagoa da Conceição, como o reduto cult
Confraria das Artes.
"Era muito vaidosa" , dizem as irmãs, que nunca a
viram mal vestida. E "sempre fez cirurgias, para tirar
uma gordurinha aqui, melhorar o seio ali" -ao todo
foram cinco e viraram um
hábito de Maria Eliana.
"Não tenho medo da morte", dizia, cada vez que uma
das irmãs a alertava sobre
os riscos.
Na última lipoaspiração,
ela sofreu uma fibrilação
cardíaca -os médicos acreditam em uma interação
medicamentosa. E no leito
morreu, na quinta, aos 55
anos, em Florianópolis.
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