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EDUCAÇÃO
Colégios terceirizam ensino
de inglês para atrair alunos
ADRIANA SOUZA SILVA
da Reportagem Local
A redução do número de alunos
nas escolas particulares está levando os colégios a terceirizar o
ensino da língua estrangeira para
oferecer um serviço que os diferencie dos concorrentes.
A idéia é fazer com que os pais
não precisem pagar um curso extra nem tenham o trabalho de levar o filho a uma segunda escola
fora do horário de aula.
Com a terceirização, as aulas
tradicionais do currículo escolar
são substituídas por um curso
preparado por uma escola especializada. É ela quem fornecerá o
método, o material didático e os
professores. As aulas acontecem
nas salas do próprio colégio.
Como ocorrem nos cursos extras, os alunos são divididos de
acordo com o grau de conhecimento do idioma, que vai do básico ao avançado. A duração do
curso é programada para conciliar com as séries do colégio.
Se depender dos resultados do
Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), esse diferencial dos
colégios irá agradar não só aos
pais como também aos alunos.
Cerca de 35% dos estudantes
avaliaram as aulas de língua estrangeira nas escolas como péssimas ou ruins. Outros 28% disseram que o ensino é regular, e menos de um terço está satisfeito.
No colégio Augusto Laranja, em
São Paulo, a opção pela terceirização aconteceu quando a direção
constatou que 40% dos estudantes faziam inglês em cursos extras.
A parceria, que foi fechada com
a rede Seven Idiomas, terá início
no ano que vem e abrangerá os
alunos a partir da 8ª série. O valor
da mensalidade sofrerá um reajuste de 3% com a terceirização.
Para Ricardo Romano, 15, aluno do Augusto Laranja, a vantagem desse sistema está no fato de
não precisar se deslocar até duas
escolas diferentes no mesmo dia.
Por quase três anos sua rotina
escolar começava às 8h -quatro
horas mais cedo em relação aos
outros colegas que, como ele, frequentavam o colégio à tarde. "Ter
de madrugar para estudar inglês é
horrível. No colégio, além de as
aulas serem mais tarde, vou estar
com os meus amigos", declarou.
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