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ADMINISTRAÇÃO
Governistas negociam para destinar verba a seus redutos
Câmara faz sessão especial para votar o Orçamento
do "Agora São Paulo"
A Câmara vota hoje o Orçamento da prefeitura para o ano que
vem, marcada pelo interesse dos
vereadores governistas em garantir obras para seus redutos eleitorais, de olho na eleição de 2000.
O Orçamento deve ser votado
em sessão extraordinária, às
19h. Depois irão a voto as emendas. Amanhã, funcionários da Câmara vão reunir e organizar as alterações ao Orçamento. O texto
final deve ser votado às 20h.
O afogadilho da votação -a proposta tem de ser aprovada ainda nesta semana, por ser referir ao Orçamento do próximo ano- se deve às idas-e-vindas do projeto.
A prefeitura enviou à Câmara,
em setembro, uma proposta do
prefeito Celso Pitta. Ela prevê para 2000 mais gastos em obras de
grande visibilidade, como conjuntos Cingapura, corredores de
ônibus e obras viárias.
Nesta proposta, Pitta fixou em
15% do Orçamento as verbas que
poderiam ser remanejadas sem
aprovação dos vereadores.
O projeto foi analisado pela Comissão de Finanças da Câmara,
na qual vereadores que apóiam o
prefeito são maioria. A comissão
decidiu fixar em 1% o percentual
de remanejamento.
Para que a proposta original
(com 15% de remanejamento)
fosse aprovada em uma primeira
votação, Pitta negociou com os
vereadores. Ele garantiu que poderiam ser apresentadas emendas
que mudam o texto. Assim, um
vereador pode tirar verba de um
lugar e destiná-lo a uma obra em
seu reduto eleitoral. O prefeito
combinou com os 30 vereadores
situacionistas (são 55 no total)
que cada um poderia apresentar
emendas que mexessem em até
R$ 1,5 milhões do Orçamento.
Desta maneira, os governistas,
que já estão em campanha para a
reeleição, querem garantir votos.
Neste jogo, os vereadores da oposição ficam de fora. Suas emendas
devem ser rejeitadas.
Entre as alterações propostas
pela oposição, está a transferência
de verbas do Fura-fila para a
construção de escolas. Os vereadores oposicionistas também vão
insistir na manutenção de 1% de
remanejamento para o prefeito.
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