São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 2002

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MORTE NA PF

Secretário afirma que conclusão do inquérito no Rio é "frouxa" e "delirante"
O secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro, classificou como "delirante" e "frouxa" a conclusão do inquérito sobre o espancamento, seguido de morte, do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu. Nenhum policial foi indiciado no inquérito.
Pinheiro afirmou que todos os 21 policiais que estavam na Superintendência da PF no Rio na manhã de 7 de setembro, incluindo os dois que não estavam de plantão, deveriam ser indiciados por tortura seguida de morte.
Abreu foi preso com dois colegas sob a acusação de participação no assassinato do agente federal Gustavo Mayer Moreira, em 7 de setembro. Após ser espancado na carceragem, ele foi levado ao hospital Souza Aguiar (centro), onde morreu no dia seguinte.
O inquérito concluiu que houve tortura, mas nenhum policial foi indiciado porque, segundo o delegado Paulo Iung, ninguém disse ter visto o espancamento.
"Se a tortura fosse praticada no estádio do Maracanã, talvez não desse para apontar os autores, mas na Superintendência da PF?", questionou o secretário.
O superintendente da PF no Rio, Marcelo Itagiba, disse que tomou todas as medidas necessárias quando soube da morte e que o possível foi feito para apurar os fatos. O delegado Paulo Iung não foi localizado pela Folha. (DA SUCURSAL DO RIO)


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