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VESTIBULAR
Medida visa garantir permanência até fim do curso
Carente terá acompanhamento de professor e bolsa de estudo na UFRJ
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
A UFRJ (Universidade Federal
do Rio de Janeiro) oferecerá, a
partir do ano que vem, 250 bolsas
para alunos carentes. A idéia é garantir que estudantes de baixa
renda que tenham passado pelo
filtro do vestibular tenham condições de se manter até o fim do
curso de graduação.
O valor da bolsa é de R$ 250 para alunos de famílias cuja renda
seja inferior a três salários mínimos. A idéia de Carlos Lessa, reitor licenciado da instituição, é
sensibilizar empresas e o governo
federal para aumentar o apoio aos
alunos que classifica como "heróis do vestibular", por terem estudado em escolas públicas e conseguido vaga numa das mais concorridas universidades do Brasil.
Cada aluno beneficiado com
uma bolsa terá também um professor que o acompanhará durante todo o curso.
Lessa se licenciou do cargo de
reitor porque recebeu um convite
- já aceito- do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para
presidir o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social).
A preocupação de Lessa é que o
novo reitor -deve haver uma
eleição para a escolha- dê continuidade a esse e a outros projetos
iniciados em sua curta gestão.
Ele deixa a instituição com alguns projetos já encaminhados,
como a criação de 12 novos cursos
de graduação -entre eles engenharia de petróleo e alimentação- e de um inédito de pós-graduação, com o objetivo de melhorar a formação de oficiais do Corpo de Bombeiros.
"Acionando saberes da universidade, descobrimos que podemos fazer com facilidade um curso de pós-graduação para os
bombeiros. Temos as melhores
equipes de anatomia, gente que
conhece, por exemplo, combustíveis ou dinâmica de fluxo, entre
outras especializações", afirmou.
Segundo Lessa, a UFRJ está se
transformando em um "laboratório de um modelo de inserção diferente da universidade na vida
brasileira."
Ele dá como exemplo desse
"novo modelo" a relação da pesquisa com o mercado. Segundo
Lessa, a falta de perspectiva de orçamentos públicos e a perspectiva
de financiamento privado levou a
universidade a procurar novas
fontes de recursos.
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